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Marisa tem maior queda em 7 semanas com provisões para devedores

Ações da empresa chegaram a cair 3% devido ao medo que o aumento no custo do crédito piore os resultados da rede de varejo

“As provisões vieram mais alto do que esperávamos” justificou analista sobre a queda da Marisa (Mário Rodrigues)

“As provisões vieram mais alto do que esperávamos” justificou analista sobre a queda da Marisa (Mário Rodrigues)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 16h21.

São Paulo - A Marisa Lojas SA teve a maior queda em sete semanas com o aumento das provisões para devedores no primeiro trimestre, o que alimenta o receio de que a piora do crédito pode limitar o crescimento de empresas dependentes da demanda de consumidores.

A ação chegou a cair 3 por cento hoje, a maior baixa intradiária desde 17 de março. Às 15:18, o papel caía 2,59 por cento, cotado a R$ 28,98.
A Marisa, assim como o Itaú Unibanco Holding SA, maior banco brasileiro por valor de mercado, figuram na lista de empresas cujos lucros foram afetados pelos esforços do governo para reduzir o crédito e conter a inflação. A provisão para devedores da Marisa aumentou 61 por cento no primeiro trimestre, para R$ 29,7 milhões, segundo comunicado enviado ao mercado ontem após o fechamento. A varejista teve alta de 41 por cento em seu lucro líquido no primeiro trimestre, que chegou a R$ 36 milhões.

“As provisões vieram mais alto do que esperávamos”, escreveu Guilherme Assis, analista da Raymond James & Associates Inc. em São Paulo, em relatório a clientes de hoje. Ele rebaixou a recomendação da Marisa de “outperform” para “market perform”, citando o “aumento dos riscos relacionados à qualidade da receita com financiamento ao consumidor.”

Ontem, o Itaú teve a maior queda em dois meses após dizer que suas provisões para devedores subiram 15 por cento entre o primeiro trimestre de 2010 e o mesmo período deste ano, para R$ 4,4 bilhões. O banco também disse que a taxa média de inadimplência deve aumentar dos atuais 4,2 por cento para 4,5 por cento.

O Banco Central elevou a taxa básica de juros em 1,25 ponto percentual neste ano, para 12 por cento, após aumentar a exigência de capital e o compulsório dos bancos para segurar a inflação e evitar uma bolha de crédito.

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