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Marfrig zera perdas depois de despencar com pedido dos EUA

No último dia 9, a Marfrig anunciou a compra do controle da National Beef; agora, senadores pedem revisão do acordo

Marfrig: com compra da norte-americana, brasileira se torna a segunda maior processadora de carne bovina do mundo (bernjuer/Thinkstock)

Marfrig: com compra da norte-americana, brasileira se torna a segunda maior processadora de carne bovina do mundo (bernjuer/Thinkstock)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 18 de abril de 2018 às 11h24.

Última atualização em 18 de abril de 2018 às 15h44.

São Paulo -- As ações da Marfrig caíram forte na manhã desta quarta-feira na Bolsa, depois que quatro senadores dos Estados Unidos pediram um painel de segurança nacional para analisar a compra da National Beef Packing pela companhia brasileira. Na mínima, os papéis chegaram a cair 7,75%. 

Ao longo do dia, as ações zeraram as perdas e por volta das 16h subiam 1,35%, negociadas a 8,24 reais. 

Os parlamentares norte-americanos questionam se há chances da transação colocar em risco a segurança do suprimentos de alimentos no país.

Os legisladores, membros do Comitê de Agricultura do Senado dos EUA, disseram em uma carta ao secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, que estavam preocupados que a Marfrig estava tentando comprar a National Beef após os EUA proibirem no ano passado a importação de carne bovina in natura do Brasil por preocupações de segurança.

O comitê de agricultura do Senado não chegou a nenhuma conclusão sobre o acordo, segundo a carta a Mnuchin.

No último dia 9, a empresa brasileira informou que compraria o controle da National Beef, quarta maior processadora de carne bovina dos EUA, por 969 milhões de dólares. O acordo a tornaria a segunda maior processadora de carne bovina do mundo.

A notícia da compra agradou investidores. No mesmo dia do anúncio, os papéis da Marfrig dispararam 18,8%, garantindo um ganho de mais de 726 milhões de reais em seu valor de mercado em apenas uma sessão. Desde o começo do mês, os papéis acumulam alta de 31,3%. 

Procurada, a Marfrig não se manifestou imediatamente sobre o assunto.

Com agência Reuters.

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