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Marfrig foi blindada do efeito covid-19 na Bolsa

Mesmo antes da pandemia, a Marfrig já vinha num processo de melhoria de gestão, com foco na diminuição de suas dívidas

Marfrig: empresa foi beneficiada pela retomada de exportação de carne bovina in natura para os EUA (Paulo Whitaker/Reuters)

Marfrig: empresa foi beneficiada pela retomada de exportação de carne bovina in natura para os EUA (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de maio de 2020 às 08h16.

Última atualização em 4 de maio de 2020 às 20h33.

Quem investiu nas ações da Marfrig em 2020 não tem do que reclamar. Desde o começo do ano, a empresa do setor de frigoríficos disparou 28,11% no Ibovespa, o principal índice da Bolsa, e terminou com a maior alta do quadrimestre, bem à frente dos seus pares JBS (-6,53%) e BRF (-44,89%) - a partir deste quadrimestre, o Minerva Foods se junta a eles no índice, assim como Energisa e CPFL Energia num total de 75 ativos no Ibovespa (Smiles sai da carteira teórica).

O desempenho é ainda mais impressionante levando em consideração a crise econômica global causada pela covid-19. Mesmo antes da pandemia, a Marfrig já vinha num processo de melhoria de gestão, com foco na diminuição de suas dívidas. Atualmente, a empresa tem R$ 8,4 bilhões em caixa e R$ 21,7 bilhões de dívida bruta total, mas 21% deverão ser pagos neste ano e apenas 1% em 2021.

De acordo com Sandra Peres, analista da Terra Investimentos, a Marfrig foi beneficiada pela retomada de exportação de carne bovina in natura para os EUA. Somado a isso, há uma combinação favorável de desvalorização cambial do real ante o dólar e uma menor concorrência global.

No Brasil, as empresas do segmento registram um aumento na demanda em supermercados e atacados. Também há expectativa para que a maior oferta de gado faça o valor da arroba do boi cair e, consequentemente, diminua os custos para os frigoríficos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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