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Marfrig cai forte na bolsa com saída de índice e dúvidas sobre balanço

Investidores estão receosos em tomar novas posições, diz operador; Analista ainda vê inconsistências contábeis

Os papéis chegaram a cair para 8,52 reais, uma desvalorização de 5,4% (Spencer Platt/ Getty Images)

Os papéis chegaram a cair para 8,52 reais, uma desvalorização de 5,4% (Spencer Platt/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 18h36.

São Paulo – O frigorífico Marfrig (MRFG3) teve a maior queda da bolsa nesta quarta-feira em um dia de forte alta para os mercados em todo o mundo. Os papéis chegaram caíram para 8,22 reais, uma desvalorização de 8,76%. Foi a primeira queda em cinco dias. O Ibovespa encerrou em alta de 2,85%, aos 56.874 pontos.

Para analistas consultados por EXAME.com, a desvalorização pode estar ligada aos questionamentos sobre a consistência do balanço da empresa. “A queda pode estar relacionada às dúvidas”, afirma um analista de uma corretora internacional que pediu para não ser identificado. Um operador de uma das maiores corretoras do país, que também preferiu não ter o seu nome divulgado, disse que “o mercado está discutindo essas dúvidas no balanço”.

Ele destacou também um possível efeito da saída da ação do índice MSCI Brasil, que passa a ser efetiva a partir de amanhã. “Alguns fundos passivos podem estar se ajustando, mas outros papéis como a Gafisa (GFSA3) e a B2W (BTOW), que também vão deixar o benchmark, estão subindo”, diz. Gafisa subiu 2,28% e a B2W 1%. 

Para o Marfrig, o desempenho de hoje "é reflexo da realização de lucros e de ajustes no índice MSCI. Adicionalmente, destaca-se o elevado volume de negociações", disse a empresa em uma nota. Em novembro, as ações do Marfrig subiram 10,34%.

A Empiricus Research, que lançou as dúvidas sobre o balanço da Marfrig, publicou hoje mais um questionamento e prometeu outros cinco para os próximos dias. Após receber o comunicado que a KPMG, auditora da empresa, não iria se pronunciar, enviou os questionamentos para o auditor líder da empresa no Brasil, Charles Krieck, com as mesmas dúvidas direcionadas ao Marfrig.

A casa de análise publicou nesta quarta-feira um relatório em inglês endereçado aos seus clientes estrangeiros. “Prometemos realizar mais cinco adendos, todos para a KPMG, até que tenhamos uma resposta”, disse o sócio fundador da Empiricus Research, Marcos Elias, que lidera uma equipe de analistas comandada por Rodolfo Amstalden.

O frigorífico Marfrig disse na véspera em uma nota que cumpriu plenamente todas as normas do IRFS e que os questionamentos e que as considerações da Empiricus carecem de fundamento.

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