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'Marco zero' da Embraer é venda bilionária para aérea dos EUA: reação do mercado foi limitada

As entregas das aeronaves para a Avelo têm início previsto para o primeiro semestre de 2027

E-195, modelo encomendado pela área americana Avelo (Divulgação)

E-195, modelo encomendado pela área americana Avelo (Divulgação)

Mitchel Diniz
Mitchel Diniz

Editor de Invest

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 11h47.

A Embraer (EMBR3) acabou com o mistério. O anúncio que o mercado aguardava desde a semana passada foi feito na manhã desta quarta-feira, 10, e a companhia informou ter recebido uma encomenda de até 100 aeronaves. O pedido firme é referente a 50 aviões do modelo E-195-E2 pela Avelo, aérea de baixo custo dos Estados Unidos. O acordo dá direito a aquisição de outras 50 aeronaves adicionais.

Excluindo esse direito de compra, o pedido soma US$ 4,4 bilhões em valor de tabela.

"A Avelo será a primeira companhia aérea dos EUA a operar a maior e mais avançada aeronave comercial da Embraer, estabelecendo um marco significativo para o Programa E2", afirma a Embraer, em comunicado.

Essa é também a maior transação com uma companhia americana desde que Donald Trump decidiu por taxar as importações brasileiras em 50% - a Embraer ficou isenta do "tarifaço" e chegou a prever efeitos catastróficos, caso entrasse na lista dos tributados.

Para uma companhia aérea low cost, o E195 tem um papel estratégico, pela capacidade de decolagem em pistas curtas, o que amplia acesso a aeroportos restritos e destinos de longo alcance.

"Além do E2TS [sistema de decolagem], o alcance da aeronave, sua eficiência de combustível e seu baixo nível de ruído tornam o E195-E2 a aeronave ideal para apoiar a Avelo na expansão de sua malha aérea", diz o texto de divulgação da Embraer.

As entregas têm início previsto para o primeiro semestre de 2027.

A reação do mercado à notícia foi limitada. Às 11h40 (horário de Brasília), os papéis EMBR3 subiam 1,2%, a R$ 82,46. Os papéis, contudo, chegaram à máxima de R$ 84,07 na sessão.

Conforme a EXAME já noticiou, os analistas procuram por novos gatilhos de valorização do papel e alguns não acreditam que há tanto espaço para o papel continuar subindo de forma expressiva. No ano, até o fechamento de ontem, o papel EMBR3 acumula alta de 45%.

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