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Maioria dos contratos de juros sobe por decisão do Copom

Investidores passaram a precificar, pelo menos, mais uma alta de 0,5 ponto porcentual da Selic, com a possibilidade de o ciclo de estender até o começo de 2014


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (345.425 contratos) marcava 9,522%
 (Getty Images)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (345.425 contratos) marcava 9,522% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 17h33.

São Paulo - As taxas de juros de curto prazo e as intermediárias subiram nesta quinta-feira, 10, após a decisão na noite passada do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic em 0,50 ponto porcentual e a repetição do comunicado das três reuniões anteriores.

Os investidores passaram a precificar, pelo menos, mais uma alta de 0,5 ponto porcentual da Selic, com a possibilidade de o ciclo de estender até o começo de 2014. O avanço dos juros curtos só não foi maior porque o dólar teve queda firme ante o real neste pregão. As taxas longas, no entanto, contrariaram a tendência técnica de queda e permaneceram praticamente estáveis.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (345.425 contratos) marcava 9,522%, de 9,453% no ajuste anterior. O juro para abril de 2014 (262.465 contratos) estava em 9,82%, de 9,66%. O vencimento para janeiro de 2015 (561.615 contratos) indicava taxa de 10,28%, de 10,09% na véspera.

Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (190.225 contratos) apontava 11,16%, de 11,08%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (9.790 contratos) estava em 11,65%, ante 11,64% no ajuste anterior.

"O mercado se ajustou para, pelo menos, mais uma alta de 0,50 ponto porcentual da Selic. A repetição do comunicado indica isso", resumiu o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. Até o anúncio do Copom, as apostas estavam divididas entre mais uma alta de 0,50 ponto e a redução do ritmo para 0,25 ponto porcentual.

A maioria dos economistas do mercado financeiro ainda dá como certa a manutenção da Selic na casa de um dígito e também o fim do atual ciclo de altas neste ano. Levantamento relâmpago do AE Projeções, nesta sessão, com 30 instituições, mostra que 20 acreditam que a taxa fechará 2013 entre 9,5% (2 casas) e 9,75% (18 casas), enquanto 10 aguardam Selic a 10%.

No mercado cambial, o dólar voltou a cair ante o real. A possibilidade de um juro mais alto do que o antecipado pelos agentes fez com que houvesse a expectativa de entrada de recursos no Brasil, ajudando a derrubar a cotação da moeda dos EUA. Além disso, o clima mais tranquilo no exterior favoreceu a correção. O dólar à vista no balcão fechou a R$ 2,1790, com baixa de 1,22%.

Nos Estados Unidos, os republicanos deverão apresentar ao presidente Barack Obama um plano para elevar o limite legal de endividamento do governo por seis semanas, sem impor qualquer condição adicional. Em reação, a Casa Branca disse que é preciso mais para resolver o impasse, mas também não deu qualquer sinal de que rejeitará a proposta.

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