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Maioria das bolsas europeias fecha em baixa; Madri sobe

Dólar valorizado diante do euro pressionou as commodities, o que provocou queda de ações ligadas a recursos naturais

Madri: Espanha voltou para o foco nesta sexta-feira depois de a Fitch rebaixar o rating do país em três notas, para BBB, na quinta-feira (Wikimedia Commons)

Madri: Espanha voltou para o foco nesta sexta-feira depois de a Fitch rebaixar o rating do país em três notas, para BBB, na quinta-feira (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2012 às 18h25.

Londres - As bolsas europeias reduziram as quedas no final da sessão em meio a especulações de que a Espanha pedirá ajuda da União Europeia para os bancos durante o fim de semana. Comentários do presidente dos EUA, Barack Obama, sobre a economia e a crise europeia também ajudaram a reduzir as perdas na Europa. Obama pediu que os líderes europeus ajudem o setor bancário e disse que a Grécia não deveria deixar a zona do euro.

No entanto, o dólar valorizado diante do euro pressionou as commodities, o que provocou queda de ações ligadas a recursos naturais. O índice Stoxx Europe 600 fechou a sessão em baixa de 0,3%, aos 241,93 pontos, interrompendo três dias de altas. Na semana o índice acumulou avanço de 2,9%, no melhor desempenho semanal desde o começo de fevereiro.

A Espanha voltou para o foco nesta sexta-feira depois de a Fitch rebaixar o rating do país em três notas, para BBB, na quinta-feira. O movimento pressionou as principais praças europeias no início da sessão, mas as perdas foram reduzidas após relatos de que o governo espanhol pode pedir ajuda da UE para seus bancos neste sábado. Apesar de o governo negar planos para isso, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vitor Constâncio, admitiu no começo da tarde que há discussões em andamento.

O índice Ibex-35 da Bolsa de Madri terminou o dia em alta de 1,77%, aos 6.552,00 pontos, com destaque para os bancos. Bankinter subiu 3,2% e Santander avançou 1,4%. Na semana o índice Ibex-35 ganhou 8,0%. Em Frankfurt os bancos lideraram as perdas. Commerzbank caiu 3,1% e Deutsche Bank declinou 0,5%. O índice DAX registrou baixa de 0,22%, para 6.130,82 pontos, mas acumulou alta de 1,3% na semana. Indicadores mostraram que as exportações da Alemanha diminuíram 1,7% em abril ante março, a primeira queda neste ano.

A valorização do dólar diante do euro provocou declínio nos preços das commodities - que, por serem denominadas em dólar, se tornam mais caras - e pesou principalmente sobre as mineradores. Em Londres, Vedanta Resources caiu 5,1%, Rio Tinto recuou 4,8% e BHP Billiton perdeu 2,9%, também prejudicadas pela interpretação de que o corte de juro anunciados pela China quinta-feira pode sinalizar que os indicadores sobre a economia do país estão fracos. Entre as companhias de petróleo, BP cedeu 1,1% e BG Group terminou com -0,9%. O índice FTSE-100 fechou em baixa de 0,23%, aos 5.435,08 pontos. Na semana houve alta de 3,3%.

O índice CAC-40 de Paris fechou em baixa de 0,63%, aos 3.051,69 pontos. Na semana, o índice subiu 3,4%. Société Générale recuou 1,2% e BNP Paribas perdeu 1,9%. No setor automotivo, Peugeot declinou 3,2% e Renault caiu 2,3%.


O índice FTSE MIB de Milão teve a queda mais expressiva do dia, de 0,74%, para 13.445,46 pontos, depois de o governo informar que houve uma redução maior que a prevista na produção industrial da Itália em abril. Mas na semana Milão avançou 5,6%. A Bolsa de Lisboa acompanhou o desempenho de Madri e o índice PSI-20 terminou o dia com alta de 0,38%, aos 4.529,36 pontos, e encerrou a semana com +1,7%. As informações são da Dow Jones.

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