Mercados

Maior risco para o futuro da Petrobras é político, diz WSJ

De acordo com o Wall Street Journal, aumento do fluxo de receita poderia levar Petrobras a um maior controle político

O presidente Lula, em evento ligado às comemorações sobre a descoberta dos poços de pré-sal: eleições também são um risco para Petrobras (.)

O presidente Lula, em evento ligado às comemorações sobre a descoberta dos poços de pré-sal: eleições também são um risco para Petrobras (.)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 13 de setembro de 2010 às 14h39.

São Paulo - O jornal Wall Street Journal publicou nesta segunda-feira uma reportagem sobre os riscos futuros da capitalização da Petrobras. E um deles, apontada pela versão europeia de um dos mais respeitados jornais do mundo, está na questão política que envolve a nova oferta de ações da companhia brasileira.

"O filão de petróleo na costa do Brasil corre o risco de reintroduzir a questão política para a gestão da gigante do petróleo, que é controlada pelo governo brasileiro, mas tem sido habilmente gerida numa base comercial", diz o texto. 

Sem citar nenhum especialista, o Wall Street Journal diz que a perspectiva de um aumento do fluxo de receita poderia levar a empresa a um maior controle político.

A reportagem lembra ainda que a Petrobras já é usada como um instrumento de política nacional, "seja pela publicidade ou pela evolução econômica".

"O perigo é que ela se aproxime da Petróleos Mexicanos ou da Petróleos de Venezuela SA, as companhias nacionais de petróleo do México e Venezuela, respectivamente, que têm sido aproveitadas para promover uma variedade de causas sociais", afirma o jornalista Edward Tan, que assina o texto.

A reportagem do Wall Street Journal comenta ainda sobre o risco ambiental da exploração do pré-sal. "A Petrobras vai perfurar em poços muito profundos, para além de qualquer corrente, para obtenção do óleo, o que será bastante difícil, e os riscos de acidentes e vazamentos podem ser significativos", diz o texto.

Eleições
Para o Wall Street Journal, outro fator de incerteza para o futuro da Petrobras está nas eleições presidenciais. "O candidato com uma ampla vantagem nas pesquisas é Dilma Rousseff, vista geralmente como tendo uma visão mais esquerdista do que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embora ela tenha o seu apoio", afirma a reportagem.
 

Leia mais sobre a Capitalização da Petrobras

Siga as últimas notícias de Mercados no Twitter

Assine a newsletter do Canal de Mercados

 

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoPolíticaQuímica e petroquímicaWall Street Journal

Mais de Mercados

Lucro da Meta (META) supera previsões, mas empresa projeta alta de custos em 2025

Ação da Tesla (TSLA) sobe no after market mesmo com lucro e receita abaixo do esperado

Anúncio de novo consignado privado faz ações dos bancos caírem no Ibovespa

Fed interrompe ciclo de corte e mantém juros na faixa entre 4,25% e 4,50%