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Maior que a Petrobras, Mercado Livre bate novo recorde em valor de mercado

Ações da companhia sobem após mudança em programa de fidelidade; papéis acumulam 34% de alta desde o início do ano

Mercado Livre: ações subiram mais de 30% no ano (Divulgação/Divulgação)

Mercado Livre: ações subiram mais de 30% no ano (Divulgação/Divulgação)

Publicado em 12 de setembro de 2024 às 15h06.

Última atualização em 12 de setembro de 2024 às 18h16.

As ações do Mercado Livre atingiram um novo recorde histórico nesta quinta-feira, 12, ao serem negociadas em alta de 3,85%, a US$ 2.124.

A valorização eleva o valor de mercado da companhia para US$ 107 bilhões e consolida sua posição como a maior empresa da América Latina — a única da região avaliada em mais de US$ 100 bilhões. Segundo dados da Elos Ayta, o Mercado Livre ultrapassou a Petrobras e se tornou a mais valiosa da região no início de agosto. Desde então, a companhia argentina aumentou a distância para a segunda colocada em mais de US$ 13 bilhões, equivalente a uma Rede D'Or.

Esse posto foi alcançado pelo Mercado Livre após uma forte valorização de suas ações, que subiram 34% neste ano, impulsionadas pelo crescimento acelerado da empresa. O Mercado Livre encerrou o último trimestre com uma receita de US$ 5,1 bilhões, 42% acima do mesmo período do ano passado, enquanto o lucro dobrou para US$ 531 milhões.

Ainda tem espaço para alta?

As ações do Mercado Livre já quadruplicaram desde o início de 2020, mas analistas ainda estão convictos de que há espaço para mais valorização. O consenso da Nasdaq, baseado em 14 análises de bancos e corretoras, recomenda "forte compra" dos papéis. O preço-alvo consensual, de US$ 2.253,18, sugere um potencial de alta de 6%.

A alta das ações nesta quinta-feira acompanha o anúncio de mudanças no programa de fidelidade MELI+ no Brasil, que será dividido em MELI+ Essentials e MELI+ Total.

Mudanças no MELI+

O MELI+ Essentials oferecerá benefícios dentro do ecossistema do Mercado Livre, como frete grátis e novas funcionalidades, como cashback, mas sem incluir os serviços do Disney+.

O Disney+, atualmente disponível para os assinantes do MELI+, será mantido no MELI+ Total, que, além do serviço de streaming, oferecerá os benefícios do MELI+ Essentials.

A mudança ocorre após um aumento no preço do programa de fidelidade do Mercado Livre, refletindo o repasse dos ajustes nos planos da Disney+, que passou a integrar os serviços do Star+.

"Percebemos melhorias capazes de ampliar significativamente o apelo e aumentar a frequência de uso do marketplace, ao mesmo tempo que impulsionam maior adoção e uso de diversos produtos do Mercado Pago", afirmaram analistas do Bank of America em relatório.

Para o Goldman Sachs, a alteração no programa é uma "progressão natural", e a introdução do MELI+ Essentials será "um teste importante para verificar se os benefícios relacionados ao ecossistema do MELI serão atrativos o suficiente para que os usuários se inscrevam, mesmo sem o componente de streaming." O banco recomenda a compra da ação, com preço-alvo de US$ 2.480, acima do consenso do mercado.

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