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Lula no G7, tensão no Oriente Médio e vendas nos EUA: o que move os mercados

Investidores acompanham a sessão de vetos no Congresso, o início do Copom e dados econômicos dos EUA, em meio à escalada do conflito entre Israel e Irã

Luiz Inácio Lula da Silva: presidente chega ao Canadá para reunião do G7 (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)

Luiz Inácio Lula da Silva: presidente chega ao Canadá para reunião do G7 (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)

Publicado em 17 de junho de 2025 às 07h32.

Os mercados brasileiros começam esta terça-feira, 17, atentos à repercussão dos dados econômicos e do cenário político local. No radar, investidores avaliam o impacto do IBC-Br acima do esperado, que reacendeu as apostas em uma possível alta da Selic na decisão do Copom desta quarta-feira. A precificação de aumento chegou a 60% no fechamento da véspera, refletindo a percepção de que o Banco Central pode adotar uma postura mais dura diante da resiliência da atividade.

Além disso, o ambiente político segue no foco. Após sofrer uma derrota na Câmara com a aprovação da urgência do projeto que pede a derrubada do decreto do IOF, o governo enfrenta hoje mais um teste no Congresso, que se reúne às 12h para análise de vetos presidenciais.

Na agenda doméstica, o destaque do dia é o início da reunião do Copom, às 10h. No mesmo horário, a ANP realiza o leilão do 5º Ciclo da Oferta Permanente, que inclui, entre os blocos, a cobiçada área da Foz do Amazonas. No cenário internacional, o presidente Lula segue no Canadá, onde participa da reunião do G7.

Lá fora, a atenção dos investidores se divide entre dados econômicos e a escalada das tensões no Oriente Médio. Nos Estados Unidos, saem às 9h30 as vendas no varejo de maio e, às 10h15, a produção industrial do mesmo mês. Apesar da expectativa de que esses números não alterem a aposta majoritária de juros estáveis na reunião do Federal Reserve de amanhã, eles podem calibrar as projeções sobre a economia americana.

O pano de fundo geopolítico segue tenso. Ainda ontem à noite, o petróleo voltou a subir após o presidente Donald Trump alertar a população a deixar Teerã, antecipando seu retorno do Canadá. Na madrugada, Israel confirmou ter realizado “extensos ataques” a alvos militares no oeste do Irã, incluindo depósitos de mísseis. A escalada no conflito reacende preocupações no mercado de energia e pressiona os ativos de risco.

No Japão, o Banco Central (BoJ) manteve a taxa de juros em 0,5%, dentro do esperado, mas sinalizou que vai reduzir, a partir do próximo ano fiscal, o ritmo de compra de títulos públicos. A decisão inaugura uma semana carregada de reuniões de política monetária, que terá ainda Banco Central do Brasil, Fed, Banco da Inglaterra e Banco Central do Chile, cuja decisão sai hoje às 18h.

Mercados internacionais

Os mercados internacionais operam com sinal negativo na manhã desta terça-feira, 17. Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única. O Nikkei subiu 0,59%, impulsionado pela decisão do Banco do Japão de manter os juros inalterados. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,12%, enquanto o Kosdaq caiu 0,21%.

Na China, o índice CSI 300 encerrou o dia estável, e o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,34%. A bolsa da Austrália fechou praticamente estável.

Na Europa, os mercados acentuaram as perdas nas primeiras horas do pregão. Por volta das 7h25, o DAX recuava 1,24%, o CAC 40 caía 1,06%, o Stoxx 600 perdia 0,91% e o FTSE 100 recuava 0,46%. A cautela prevalece mesmo após o anúncio de um acordo comercial entre Estados Unidos e Reino Unido.

Em Wall Street, os índices futuros operavam no vermelho no início da manhã. O S&P 500 caía 0,57%, o Dow Jones recuava 0,56% e o Nasdaq cedia 0,59%.

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