Repórter
Publicado em 29 de setembro de 2025 às 19h14.
A Lufthansa anunciou nesta segunda-feira, 29, que vai cortar 4 mil postos de trabalho administrativos até 2030. A decisão faz parte de um movimento para acelerar a automação, digitalização e reestruturação interna, com o apoio da inteligência artificial (IA). Com a decisão, a companhia aérea alemã apresentou alta de 0,15% nas ações nesta tarde.
Em um evento, a companhia aérea alemã apresentou seus planos estratégicos para investidores e analistas em Munique, detalhando o futuro da empresa. Entre as metas traçadas, destaca-se o aumento de suas expectativas financeiras de médio prazo, com o lucro operacional ajustado antes de juros e impostos (Ebitda) entre 8% e 10% da receita.
Para este ano, a companhia prevê que o Ebitda ajustado será consideravelmente superior aos 1,9 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 10,1 bilhões) registrados no ano anterior.
Segundo um comunicado, a empresa prevê uma grande demanda por voos, mesmo com as limitações na oferta em razão da sobrecarga nas cadeias de fornecimento de aeronaves e motores. Para os executivos da companhia, isso resulta em um mercado aquecido, com aeronaves operando com alta ocupação e impulsionando os lucros.
"Essa demanda está sendo atendida por uma oferta restrita devido aos atrasos contínuos nas cadeias de suprimentos dos fabricantes de aeronaves e motores, o que está tendo um efeito positivo nas receitas médias e nas taxas de ocupação", declarou a companhia aérea, no comunicado.
Em um comunicado, o Grupo Lufthansa expressou a expectativa de um "forte aumento na lucratividade" até 2030. Também anunciou a preparação para a "maior renovação da frota" da sua história, com a aquisição de mais de 230 novas aeronaves até o final da década, incluindo 100 jatos de longo alcance.
Além disso, o grupo planeja centralizar ainda mais o controle das várias companhias aéreas sob sua administração.
Além da Lufthansa, o grupo é responsável pelas empresas Swiss, Austrian Airlines e Brussels Airlines, e possui participação minoritária na ITA, companhia aérea italiana.
A Eurowings, subsidiária de baixo custo do grupo, também será fortalecida, assim como as operações de logística e manutenção, com uma possível expansão dessas atividades para o setor de defesa.
A Lufthansa afirmou que essas iniciativas pretendem posicionar o grupo para um futuro mais sólido, garantindo retornos sustentáveis para seus acionistas. A empresa também reiterou que os investidores podem esperar dividendos de 20% a 40% dos lucros do grupo.
Em 2024, a Lufthansa contava com 101.709 colaboradores e gerou uma receita de 37,6 bilhões de euros (R$ 23,2 bilhões), segundo informações da Deutsche Welle.