Geração Futuro (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2012 às 12h34.
São Paulo – O mercado continua torcendo o nariz para as projeções do Itaú Unibanco (ITUB3, ITUB4) sobre maiores gastos com inadimplência. Hoje ffoi a vez da Ágora, corretora do Bradesco, reduzir o preço-alvo para as ações preferenciais da companhia, de 42 reais para 36 reais, potencial de valorização de 21,5%. Apesar da estimativa ainda ser de alta, a recomendação para as ações segue como ‘manutenção’.
A mudança na expectativa veio com um recado claro do próprio banco sobre o desafio que está por vir. Em sua teleconferência de resultados, a instituição afirmou que aumentou a projeção para despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) de 6 bilhões de reais para 6,4 bilhões de reais no segundo trimestre e para entre 6,5 bilhões de reais e 7,1 bilhões de reais no terceiro trimestre.
Com isso, os papéis tiveram forte queda no pregão da quarta-feira, dia do anúncio, e o banco foi a companhia que mais perdeu valor de mercado na América Latina e Estados Unidos naquele dia.
Em relatório distribuído para clientes, o analista Aloisio Villeth Lemos, da Ágora, afirmou que espera redução dos lucros do Itaú Unibanco deste ano até 2014. “Como praticamente não alteramos as demais contas dos resultados do banco nos períodos projetados, as reduções se devem basicamente ao reflexo do aumento estimado das provisões”, afirmou.
Hoje as ações ITUB4 têm leve alta, de 0,10%. Ainda assim, o papel caminha para fechar como uma das maiores quedas da semana no Ibovespa, atrás apenas da controladora do banco, a Itaúsa.