Agência de rua do Itaú: banco teve lucro de R$ 8,7 bilhões no trimestre (./Getty Images)
Repórter de Invest
Publicado em 7 de agosto de 2023 às 18h19.
Última atualização em 9 de agosto de 2023 às 18h42.
O Itaú (ITUB4) apresentou nesta segunda-feira, 7, um lucro líquido de R$ 8,74 no segundo trimestre deste ano, alta de 13,9% na comparação anual.
Frente aos três primeiros meses do ano, o lucro do banco subiu 3,6%. O balanço ficou pouco acima do consenso de mercado da Bloomberg, que estimava um lucro de R$ 8,683 bilhões.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do Itaú, que indica a capacidade do banco de rentabilizar seu capital, ficou em 20,9%, praticamente estável contra o ROE de 20,8% registrado no mesmo período do ano anterior.
O lucro do Itaú superou, mais uma vez, os resultados somados de Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11), seus principais pares privados. O Bradesco teve um lucro de R$ 4,518 bilhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 35,8% na comparação anual. Já o Santander teve um resultado de R$ 2,3 bilhões no período, queda anual de 43,5%.
Segundo o banco, o resultado reflete o aumento da margem financeira com clientes, que acompanhou o crescimento da carteira de crédito. O Itaú destacou ainda a mudança de composição da carteira que abriu espaço para opções com taxas maiores. A receita da frente de seguros também impulsionou o resultado final.
“Nossos resultados no segundo trimestre refletem nossa capacidade de entregar resultados sólidos e sustentáveis ao longo do tempo. Iniciamos a segunda metade do ano otimistas com as perspectivas para o futuro, decorrentes da consolidação da agenda monetária e fiscal que deverá promover uma retomada mais robusta da atividade econômica no País”, informou, em nota, o presidente do Itaú Milton Maluhy Filho.
A margem financeira gerencial do Itaú no período foi de R$ 25,997 bilhões, cifra 14,8% que a registrada um ano antes. Em comparação trimestral, o avanço foi de 5,3%. Do total, a margem financeira com clientes foi de R$ 24,927 bilhões, avanço de 3,7% comparado a um ano antes. A margem com o mercado, por sua vez, chegou a R$ 1,070 bilhão, crescimento de 65,9% na base anual.
A carteira de crédito expandida do Itaú chegou aos R$ 1,15 trilhão, aumento de 6,2% em 12 meses e leve queda de 0,1% na comparação trimestral.
Já o índice de inadimplência longo da carteira, acima de 90 dias, subiu para 3,0% – alta de 0,3 p.p. frente ao mesmo período do ano anterior. Na comparação com o primeiro trimestre, o índice subiu 0,1 p.p..
O custo do crédito totalizou R$ 9,4 bilhões no segundo trimestre de 2023, alta de 25,3% quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado. “Esse aumento ocorreu principalmente em razão da maior despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa nos negócios de atacado no Brasil, devido à normalização do fluxo de provisionamento neste segmento”, informou o banco no documento de apresentação dos resultados.
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