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Lucro do Citigroup salta 16% no 3º trimestre com receita recorde em todas as divisões

Banco americano teve desempenho acima do esperado no terceiro trimestre, impulsionado por megafusões globais e forte resultado em mercados

Citigroup: banco teve lucro líquido de US$ 3,8 bilhões e receita recorde em todas as cinco divisões (ymgerman/iStock Editorial /Getty Images)

Citigroup: banco teve lucro líquido de US$ 3,8 bilhões e receita recorde em todas as cinco divisões (ymgerman/iStock Editorial /Getty Images)

Publicado em 14 de outubro de 2025 às 09h33.

O banco Citigroup registrou lucro líquido de US$ 3,8 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Todas as cinco divisões do banco, mercados, investment banking, serviços, varejo e gestão de patrimônio, alcançaram receitas recordes para o período.

O resultado equivale a US$ 1,86 por ação, avanço de 23% na comparação anual. A performance ficou acima das expectativas do mercado e fez as ações do banco subirem cerca de 1% no pré-mercado em Nova York nesta terça-feira, 14.

No trimestre, o faturamento total do Citi cresceu 9%, impulsionada por megafusões e aquisições que somaram US$ 1,26 trilhão globalmente, um aumento de 40% em relação ao mesmo período de 2024.

A divisão de mercados teve alta de 16,7%, para US$ 5,6 bilhões, com forte desempenho em renda fixa, que respondeu por US$ 4 bilhões, e ações, com US$ 1,5 bilhão, segundo a Bloomberg.

Grandes transações

A divisão de investment banking foi destaque, com avanço de 31,3% na receita da unidade de bancos para US$ 2,1 bilhões. O ambiente de negócios foi favorecido pelo ressurgimento de grandes transações e pelas expectativas de estímulos econômicos após o corte de juros nos EUA em setembro.

O Citi reportou retorno sobre o patrimônio tangível de 8% no trimestre e 8,6% no acumulado de 2025, abaixo da meta de 10% a 11% definida para o próximo ano.

Além de mercados e investment banking, as divisões de serviços, varejo nos EUA e gestão de patrimônio registraram crescimento entre 6% e 10% no trimestre.

Venda de subsidiária mexicana

O trimestre também foi marcado por um impacto contábil de US$ 726 milhões, decorrente da venda de 25% da subsidiária mexicana Banamex ao bilionário Fernando Chico Pardo, por cerca de US$ 2,3 bilhões.

A operação, anunciada em setembro, reduziu o lucro líquido, mas faz parte da estratégia de desinvestimento internacional liderada pela CEO Jane Fraser.

A instituição rejeitou recentemente uma oferta de US$ 9,3 bilhões do conglomerado Grupo Mexico pelo controle da unidade.

O Citi havia adquirido o Banamex em 2001 por US$ 12,5 bilhões e tenta reposicionar sua operação no país desde 2023, após a primeira rodada de negociações fracassada.

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