Bradesco: rentabilidade do banco segue acima de dois dígitos (Paulo Fridman/Bloomberg)
Repórter de Invest
Publicado em 3 de agosto de 2023 às 19h03.
Última atualização em 3 de agosto de 2023 às 19h07.
Em um resultado sem surpresas na última linha, o Bradesco (BBDC4) apresentou um lucro líquido de R$ 4,518 bilhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 35,8% na comparação anual. Frente aos três primeiros meses do ano, o lucro da empresa subiu 5,6%. O balanço ficou em linha com o consenso de mercado da Bloomberg, que estimava um lucro de R$ 4,484 bilhões.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do Bradesco, que indica a capacidade do banco de rentabilizar seu capital, ficou em 11,1%, queda de 7 pontos percentuais (p.p.) frente ao mesmo período do ano anterior.
A margem financeira total foi de R$ 16,55 bilhões, alta de 1,2% na comparação anual e queda de 0,6% na trimestral. O indicador, que vinha sendo um importante ponto de pressão nos resultados do banco, subiu “com aumento do volume médio das operações e uma melhora importante na margem com mercado”.
A carteira de crédito expandida do banco chegou aos R$ 868,7 bilhões, aumento de 1,6% em 12 meses e queda de 1,2% na comparação trimestral. O banco destacou aqui uma expansão focada em produtos com garantias, que costumam reduzir a inadimplência – grande gargalo do Bradesco nos últimos resultados.
O índice de inadimplência acima de 90 dias, por sua vez, subiu para 5,9% – alta de 2,4 p.p. frente ao mesmo período do ano anterior. Já o índice de 15 a 90 dias ficou em 4,4%, alta anual de 0,8 p.p.. A gestão do banco já havia adiantado no trimestre anterior que a inadimplência seguiria pressionada na janela de abril a junho. A expectativa do Bradesco é de uma normalização ao longo do segundo semestre.
Já as provisões com devedores duvidosos subiram 94,2% na comparação anual, para R$ 10,31 bilhões. Frente ao primeiro trimestre deste ano, a PDD subiu 8,4%.
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