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Lucro da WEG surpreende mercado e ações disparam

No ano, papéis da companhia de motores elétricos acumulam a terceira maior valorização do Ibovespa

WEG: lucro líquido da empresa de motores elétricos cresceu 49% no quarto trimestre (WEG/Divulgação)

WEG: lucro líquido da empresa de motores elétricos cresceu 49% no quarto trimestre (WEG/Divulgação)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 19 de fevereiro de 2020 às 15h54.

São Paulo - A WEG voltou a impressionar positivamente os investidores. No balanço do quarto trimestre de 2019, divulgado nesta quarta-feira (19), a empresa de motores elétricos e geradores apresentou lucro líquido de 500,5 milhões de reais. A quantia representa um crescimento de 49% na comparação anual. A expectativa média de analistas consultados pela Reuters era de o lucro ficasse em torno dos 410 milhões de reais. Na véspera, a empresa havia anunciado pagamento de 351,89 milhões de reais em dividendos, correspondente a 0,167 real por ação.

No quarto trimestre, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em 666,4 milhões de reais – 31% superior ao do mesmo período de 2018. Já o retorno sobre o capital investido (ROIC) cresceu 1 ponto percentual, ficando em 20,2%.

O resultado teve impactos diretos nas ações da companhia, que chegaram a subir 8% na máxima desta quarta. Às 15h30, o preço do ativo avançava 7%. Na Bolsa, as ações da Weg acumulam valorização de 37% desde o início de janeiro – a terceira maior alta do ano, apenas atrás dos papéis da Marfrig e Via Varejo. Desde fevereiro do ano passado, a apreciação supera 150%.

“A WEG conseguiu superar as expectativas de mercado em todas as suas principais linhas. A empresa segue em linha com sua dinâmica de operação eficiente e de remuneração ao seu investidor”, escreveram em relatório analistas da Guide Investimentos.

No período, a receita operacional líquida foi de 3,778 bilhões de reais, 20% acima do registrado no quarto trimestre de 2018. Segunda a companhia, o resultado foi puxado pelos equipamentos eletroeletrônicos industriais de ciclo curto e pelos equipamentos de ciclo longo ligados à área de geração, transmissão e distribuição de energia.

No mercado externo, que representa 57% da receita, a maior demanda por produtos de ciclo longo foi influenciada por projetos de óleo e gás e mineração. Já no mercado interno, onde as vendas são mais atreladas a equipamentos para o setor de energia elétrica, o percentual da receita cresceu 30% se comparado ao quarto trimestre de 2018.

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