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Lucro da Vibra (VBBR3) dispara no 4T23, mas um número não agrada; ações caem mais de 5%

Na última segunda-feira, 5, a Vibra reportou um lucro líquido de R$ 3,297 bilhões referente ao último trimestre de 2023

Vibra reportou seus resultados do 4T23 na noite da última segunda-feira, 4 (Vibra/Exame)

Vibra reportou seus resultados do 4T23 na noite da última segunda-feira, 4 (Vibra/Exame)

Janize Colaço
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 5 de março de 2024 às 15h30.

Última atualização em 5 de março de 2024 às 15h31.

A Vibra (VBBR3) lidera as quedas do Ibovespa desta terça-feira, 5. Na véspera, a distribuidora de combustíveis reportou seus resultados do quarto trimestre, em que foi apurado um lucro líquido de R$ 3,297 bilhões — uma alta trimestral de 162,7%. Ainda assim, alguns números não agradaram o mercado e, por volta das 15h30, as ações VBBR3 cediam 5,42%.

Em relatório, o BTG Pactual (mesmo grupo controlador da EXAME) aponta que os resultados da Vibra no 4T23 corroboram o que já era indicado por seus pares. “O cenário competitivo do setor está permitindo que os operadores históricos apresentem rentabilidade mais forte em meio a um fornecimento de combustível mais equilibrado”. Os analistas do banco destacam que a companhia reportou números fortes — além do lucro, o Ebitda ajustado e a margem superaram as expectativas. Contudo, outro fator importante pesa contra a companhia.

“A VBBR transmite a mensagem de que boa parte da melhoria da margem foi resultado de sua estratégia de focar em canais de vendas e clientes com margens mais altas, mesmo que às custas de renunciar a alguns volumes à vista e B2B ao longo do ano”, dizem. Embora reconheçam que a estratégia faz sentido, o movimento teve um custo: a queda de participação de mercado.

Participação de mercado da Vibra (VBBR3) decepciona

O market share da Vibra apresentou uma redução de 350 pontos-base (bps) na comparação com o mesmo trimestre de 2022, e de 65 bps frente ao trimestre imediatamente anterior. Os analistas do BTG frisam que surpreende o fato de os principais pares do setor, aparentemente, não sacrificaram tanta participação de mercado quanto a VBBR. “E mesmo assim entregaram margens trimestrais um pouco maiores.”

Na mesma linha, o BB Investimentos frisa que as margens da Vibra no 4T23 mostraram recuperação, ainda que aquém dos pares, mas que manteve uma dinâmica que a ajudou a compensar os menores volumes. “Nesse sentido, o maior desafio da companhia segue sendo o de retomar a participação de mercado sem deteriorar as boas margens.”

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