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Lucro da Petrobras decepciona e ações caem forte na Bolsa

Apesar da companhia ter revertido prejuízo, o mercado aguardava lucro bilionário entre julho e setembro

Pedro Parente: no acumulado do ano, o presidente da companhia, avalou como positivo o resultado (José Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

Pedro Parente: no acumulado do ano, o presidente da companhia, avalou como positivo o resultado (José Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 14h54.

São Paulo - As ações da Petrobras registravam forte queda na tarde desta terça-feira. Os papéis ordinários caíam 6,24% e os preferenciais, 5,65%.

A companhia divulgou ontem, após o fechamento do mercado, seus dados referentes ao terceiro trimestre deste ano. No período, o lucro líquido reportado foi de 266 milhões de reais, revertendo prejuízo de 16,458 bilhões de reais registrado no mesmo período do ano passado.

O resultado ficou abaixo do estimado pelo mercado, lucro de 3,2 bilhões de reais entre julho e setembro deste ano.

"O resultado foi inferior ao que esperava o mercado, mas isso se deveu a itens extraordinários, que totalizam cerca de 2 bilhões de reais, e eles reduziram o resultado nesse trimestre para números da ordem de 300 milhões de reais, ainda positivo", afirmou o presidente da Petrobras, Pedro Parente, segundo à Agência Reuters.

Acumulado no ano

Nos nove primeiros meses do ano, a estatal acumulou lucro de 5,031 bilhões de reais. No mesmo período do ano passado, a companhia teve prejuízo de 17,334 bilhões de reais.

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, avaliou como positivo o resultado da empresa em nove meses. Em entrevista a jornalistas, ele destacou os avanços realizados no período. Entre eles, as métricas de segurança, que foram atingidas. Mas destacou que essas métricas serão revistas com o lançamento do novo planejamento estratégico.

Ele ainda destacou o fluxo de caixa livre positivo por dez trimestres consecutivos, que chegou a R$ 37,45 bilhões em nove meses, 26% superior à marca de igual período do ano anterior.

Parente também ressaltou o aumento da produção no Brasil, de 2,7%. Incluindo a atividade em outros países, a produção média em nove meses foi de 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).

As vendas de derivados no Brasil, de 1,95 milhão de barris por dia (bpd), caíram 6% em relação aos primeiros nove meses de 2016.

A exportação de petróleo e derivados subiu 39% e a importação caiu 19%, na comparação acumulada no ano. O saldo líquido foi de 385 mil bpd.

*Com agências

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