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Lucro da Neoenergia no segundo trimestre cai 32%, para R$ 728 milhões

Receita líquida avançou 9% no período, para R$ 10,5 bilhões

Capex para distribuição cresceu 60% na comparação anual (Paulo Santos/Reuters)

Capex para distribuição cresceu 60% na comparação anual (Paulo Santos/Reuters)

Karina Souza
Karina Souza

Repórter Exame IN

Publicado em 25 de julho de 2023 às 19h49.

Última atualização em 25 de julho de 2023 às 20h17.

Neoenergia teve um lucro líquido de R$ 728 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 32% na comparação anual. Apesar da redução na última linha do balanço, a receita líquida da companhia cresceu 9%, para R$ 10,5 bilhões, e a geração de caixa (Ebitda ajustado) também aumentou em relação a 2022, para R$ 2,3 bilhões. A margem bruta foi de R$ 3,9 bilhões, queda de 8% na comparação anual.

A energia injetada total pela empresa no sistema subiu 2,7% na comparação anual, para 19,8 GWh, com destaque para Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. E o número de clientes atendidos aumentou 2%, para 16,1 milhões.

A alavancagem, medida pela razão entre Dívida Líquida e Ebitda, subiu 0,18 vez no trimestre e fechou o período em 3,33 vezes. O crescimento veio principalmente pelo aumento da dívida da companhia no período, principalmente relacionada a projetos de transmissão e distribuição.

Geração 

A geração de energia renovável da empresa teve margem bruta de R$ 376 milhões no segundo trimestre, aumento de R$ 55 milhões ante o mesmo período do ano anterior. O impacto positivo veio principalmente das eólicas, "em função da maior geração e da entrada em operação comercial do Complexo Eólico de Oitis", afirma a companhia, em relatório. A Neoenergia também destacou a conclusão do Complexo Solar Luzia, que trouxe um acréscimo de R$ 11 milhões na margem do trimestre.

A maior geração compensou o aumento das despesas operacionais no período e o Ebitda do segmento cresceu 14% no período, para R$ 298 milhões. O lucro líquido dessa operação aumentou 25% ante o mesmo período do ano passado.

A companhia fechou o período com 44 parques eólicos em operação e capacidade instalada de 1.520 MW, além de dois parques solares, que têm capacidade instalada de 149 MW. No segundo trimestre, a energia solar e eólica gerada foi 1.242 GW, 35% acima do registrado no mesmo período do ano passado.

Transmissão e distribuição

O segmento de redes, que contempla os ativos de transmissão e distribuição, encerrou o período com margem bruta de R$ 3,4 milhões, queda de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Contribuíram para isso: reajustes tarifários na Neoenergia Coelba, Neoenergia Pernambuco e Cosern, além da Elektro e Brasília. Além disso, revisões tarifárias de duas distribuidoras e novos lotes em operação.

O Ebitda dessa operação foi de R$ 2,2 bilhões, queda de 18% ante o mesmo período do ano passado. O lucro líquido dessa operação ficou 34% menor, em R$ 733 mil.

No trimestre, o capex total foi de R$ 2,1 bilhões, sendo R$ 1,1 bilhão destinado à expansão de redes. O montante destinado para a construção de linhas de transmissão aumentou 60% na comparação anual, para R$ 883 milhões.

Quatro das cinco distribuidoras da companhia estão enquadradas no limite regulatório de perdas, segundo o release. No detalhe, três delas (Cosern, Elektro e Neoenergia Brasília) estão abaixo do limite regulatório de perdas e a Coelba está dentro do patamar regulatório. Somente a Neoenergia Pernambuco está acima do patamar regulatório respectivo.

As distribuidoras encerraram o trimestre com 16,2 milhões de consumidores ativos, aumento de 2%.

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