Invest

Lucro ajustado da Embraer recua 76,4% no 3º trimestre, para R$ 289,4 milhões

Em balanço divulgado nesta terça-feira, 4, a companhia reportou lucro líquido ajustado de R$ 289,4 milhões

Embraer: lucro da empresa cai  (Germano Lüders/Exame)

Embraer: lucro da empresa cai (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 07h37.

Última atualização em 4 de novembro de 2025 às 07h49.

A Embraer (EMBJ3) registrou uma queda de cerca de 76,4% no lucro ajustado no terceiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em balanço divulgado nesta terça-feira, 4, a companhia reportou lucro líquido ajustado de R$ 289,4 milhões, queda em relação ao R$ 1,2 bilhão reportado no mesmo período do ano anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 1,276 bilhão no terceiro trimestre de 2025, uma redução de 35,4% em comparação ao mesmo período de 2024.

Pesou no balanço o item "outras receitas operacionais", que apresentou uma queda de US$ 800 milhões, embora não esteja definido o que exatamente compõe esse valor.

A receita, por sua vez, subiu 16% no período, consolidada a R$ 10,9 bilhões, ante R$ 9,3 bilhões no ano anterior.

O Ebit ajustado da Embraer no terceiro trimestre de 2025 foi de R$ 927,2 milhões, com uma margem de 8,5%, excluindo R$ 67,5 milhões provenientes de itens extraordinários, como o resultado da Eve. Esse desempenho representou uma queda em relação aos R$ 1,6 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior, quando a margem foi de 17,6%.

O impacto foi resultado de resultados operacionais menores na Aviação Executiva e Serviços & Suporte. Vale destacar que no terceiro trimestre de 2024 houve um item não recorrente significativo, referente ao acordo de arbitragem com a Boeing, no valor de US$ 150 milhões, que elevou a margem EBIT ajustada em cerca de 900 pontos-base, passando de 8,7% para 17,6%, segundo a companhia.

O Ebit reportado foi de R$ 859,7 milhões no 3T25, com margem de 7,9%, comparado a R$ 1,5 bilhões no ano anterior, que apresentou uma margem de 16,9%.

Carteira de pedidos bate recorde

A carteira de pedidos da Embraer atingiu US$ 31,3 bilhões no terceiro trimestre de 2025, marcando um aumento de 5% em relação ao segundo trimestre do ano, superando o recorde registrado no trimestre anterior.

Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 38%, com expansão em todas as unidades de negócios. A Aviação Executiva e o segmento de Serviços & Suporte apresentaram crescimento de 65% e 40%, respectivamente, ano contra ano.

Já na Aviação Comercial, o aumento foi de 37%, enquanto a área de Defesa & Segurança registrou um crescimento de 8% em relação ao ano passado.

Investimentos caem

No terceiro trimestre, a Embraer investiu um total de R$ 575,3 milhões, uma queda em comparação aos R$ 629,2 milhões registrados no mesmo período do ano anterior.

As despesas de capital (capex) somaram R$ 210,7 milhões, abaixo dos R$ 325,8 milhões do terceiro trimestre do ano passado. As adições líquidas ao Pool Program (peças de reposição) totalizaram R$ 53,6 milhões, um leve decréscimo em relação aos R$ 53,9 milhões no ano anterior. As adições líquidas ao intangível foram de R$ 241,8 milhões, um aumento em comparação aos R$ 198,2 milhões em 2024, enquanto os investimentos em pesquisa cresceram para R$ 69,2 milhões, comparados a R$ 51,4 milhões no mesmo período do ano anterior.

Por sua vez, a Eve, unidade da Embraer, investiu R$ 260,4 milhões no trimestre, um aumento em relação aos R$ 142,4 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Desse total, R$ 30,6 milhões foram despesas de capital, R$ 206,5 milhões em adições líquidas ao intangível e R$ 23,3 milhões em pesquisa.

Somando os investimentos da Embraer e da Eve, o total de investimentos consolidados alcançou R$ 835,7 milhões no terceiro trimestre de 2025, superando os R$ 771,6 milhões do mesmo período de 2024.

Expectativas reiteradas

A companhia também reiterou as expectativas para o ano de 2025.

Do ponto de vista operacional, a Embraer prevê a entrega de entre 77 e 85 aeronaves para a Aviação Comercial, enquanto a Aviação Executiva projeta entre 145 e 155 aeronaves. Em termos financeiros, a empresa espera uma receita entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões, com uma margem EBIT ajustada variando entre 7,5% e 8,3%. O fluxo de caixa livre ajustado deverá ser de US$ 200 milhões ou mais para o ano.

Acompanhe tudo sobre:EmbraerBalanços

Mais de Invest

Entenda o 'rali' de fim de ano da bolsa - e saiba se ele vai mesmo acontecer

Ibovespa nos 150 mil pontos: a bolsa brasileira ficou cara?

Investidor que previu crise de 2008 aposta contra Nvidia e Palantir

Investimentos em IA fortalecem projeções de Nvidia, AMD e Broadcom