Mercados

Los Angeles destitui S&P da análise de seus fundos

Outras cidades, incluindo a de St. Lucie County, na Flórida, também estão considerando a ideia de abandonar os ratings

A agência Standard & Poor's (S&P): outras cidades estariam considerando a ideia de abandonar os ratings (AFP/Stan Honda)

A agência Standard & Poor's (S&P): outras cidades estariam considerando a ideia de abandonar os ratings (AFP/Stan Honda)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2011 às 15h40.

Nova York - Los Angeles e dois outros municípios norte-americanos que, voluntariamente, pagavam comissões para a Standard & Poor's (S&P) avaliar seus portfólios de investimentos abandonaram essa prática, na sequência da decisão da agência de classificação de risco de crédito cortar a nota concedida ao governo federal dos EUA no início do mês.

Outras cidades, incluindo a de St. Lucie County, na Flórida, informaram que também estariam considerando a ideia de abandonar os ratings que a S&P concede aos seus portfólios de investimentos. A S&P informou que atualmente, classifica 90 investimentos desse tipo. A agência cortou a nota de 14 desses portfólios como parte de um amplo rebaixamento de 73 fundos, após considerar que detinham "exposição significativa" a investimentos em títulos do governo dos EUA (Treasuries) e papéis de agências ligadas ao governo norte-americano que tiveram classificação de risco reduzida. Os papéis da dívida soberana dos EUA perderam o selo AAA e passaram a receber nota AA+ no início deste mês.

Até a quarta-feira, a Standard & Poor's havia perdido as cidades de Los Angeles, Manatee County, Florida, e San Mateo County, na Califórnia, que remuneravam a S&P para avaliarem seus portfólios de investimentos. Peter Rizzo, diretor sênior do grupo de ratings de fundos da S&P, disse que a companhia começou a avaliar esses tipos de investimentos em 1994, respondendo a demandas de algumas cidades que tentavam acalmar investidores após a crise financeira em Orange County, na Califórnia. Naquele ano, Orange County entrou com o então maior pedido de concordata municipal após seu fundo de investimento perder mais de US$ 1 bilhão, em razão de investimentos em derivativos arriscados. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingaplicacoes-financeirasCrise econômicaEstados Unidos (EUA)Fundos de investimentoMercado financeiroPaíses ricosStandard & Poor's

Mais de Mercados

Externo é o que faz preço no Brasil, e estrangeiro está mais otimista com o país, diz Esteves

Personalizar bebida no Starbucks vai custar mais com nova política de preços

Uber aumentou lucro ao reduzir ganhos de motoristas, diz estudo de Columbia

Investir na SpaceX com pouco dinheiro? Startup dos EUA quer tornar isso possível