Ações da Lojas Americanas dispararam e fecharam outubro com a maior alta do Ibovespa (Lia Lubambo/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2010 às 15h30.
São Paulo - O lucro recorde obtido pelas Lojas Americanas no terceiro trimestre de 2010 (45 milhões de reais, seis vezes mais que o mesmo período do ano passado) é a prévia de um cenário de forte crescimento dos negócios da companhia no longo prazo. É o que projeta o banco de investimentos Bank of America Merril Lynch em relatório sobre a varejista. Com viés otimista, o banco elogiou a eficiência operacional da empresa e aumentou o preço-alvo da ação preferencial (LAME4) de 16 para 25 reais. A recomendação de compra foi mantida.
Os analistas Robert Ford, Melissa Byun e Marcelo Santos ressaltaram o potencial de expansão da companhia, que deve canalizar a seu favor o momento de consumo robusto e fortalecimento da classe média. “Vemos perspectivas de expansão excepcionalmente atraentes de longo prazo, com alta demanda para produtos de consumo e eletrônicos”, afirmam. O relatório revisou também as estimativas de lucro por ação em 2010 de 0,33 para 0,36 reais. Para 2011, a expectativa foi elevada de 0,51 para 0,55 reais.
A redução dos custos de financiamento e cultura empresarial ágil foram pontos positivos destacados pelo banco. O modelo de gestão eficiente teria ajudado a compensar o tombo de 75% de prejuízo da B2W, empresa líder de e-commerce no Brasil e com uma fatia de 56% controlada pelas Lojas Americanas.
Resultados
Nos nove primeiros meses de 2010, as Lojas Americanas acumulam ganho de 104,6 milhões de reais, quase sete vezes acima do ganho visto no mesmo intervalo do ano passado. A companhia inaugurou 35 lojas e prevê outras 35 novas unidades até o final de dezembro. Para 2011, a empresa afirma ter mais de 50 lojas em estágio avançado de negociação e, nos próximos quatro anos, espera ter inaugurado 400 lojas no país.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) da varejista alcançou 288,3 milhões de reais nos três meses até setembro, expansão de 30,1 por cento ante o mesmo período de 2009. Já a margem Ebitda cresceu 1,8 ponto percentual, a 12,8 por cento.