Mesmo com expectativa do índice diminuída para este ano, a visão da corretora para o mercado é positiva (.)
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2010 às 17h35.
São Paulo - A Link Investimentos divulgou suas novas expectativas para o desempenho do Ibovespa em 2010 e mostrou uma maior cautela para o mercado. A estimativa de desempenho até dezembro foi revisada de 85 mil pontos para 74.500 pontos. Apesar da redução do valor de referência, a corretora reitera a expectativa positiva para a bolsa ao longo dos próximos meses.
Uma das razões são os indicadores macroeconômicos positivos da economia nacional, dizem os analistas. "A expectativa de crescimento do PIB brasileiro é superior a 7,0% em 2010 e 4,5% em 2011, enquanto os EUA e a Europa ainda deverão passar por um ciclo de crescimento restrito", mostra o relatório assinado pelo analista Andrés Kikuchi.
Além disso, o incremento da renda e a maior oferta de crédito também são outros fatores do cenário econômico que favoreceriam os negócios. Kikuchi ressalta ainda que a expectativa com os termos da capitalização da Petrobras prejudicou o desempenho do índice ao longo do ano. "No entanto, entendemos que a conclusão da oferta em setembro deverá favorecer a retomada do fluxo de investimento estrangeiro", destaca.
A Link estima o índice negociando em 11,5 vezes a razão de preço sobre o lucro e um avanço de 31,6% dos lucros em 2011, o que levaria para um P/L implícito de 10 vezes no próximo ano. Com isso, a bolsa estaria com um valuation atrativo, gerando uma expectativa de relação preço/lucro entre 12,5 vezes e 13 vezes em 2011. "Comparado aos principais países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil apresenta uma relação P/L 2011 inferior apenas à Rússia, cujo crescimento dos lucros é menor que o brasileiro", ressalta.
Carteira
A corretora anunciou também a atualização do portfólio de sua carteira com as 10 ações mais rentáveis em longo prazo. A nova configuração traz BM&FBovespa (BVMF3), Brasil Foods (BRFS3), Bradesco (BBDC4), CCR (CCRO3), Gol (GOLL4), Lojas Americanas (LAME4), OGX Petróleo (OGXP3), Suzano (SUZB5), Tractebel (TBLE3) e Vale (VALE5).
O desempenho da cesta de ações é positivo em 9 meses, com valorização de 8,4% e 8,8% acima do Ibovespa. Os destaques vão para as ações da TAM, com alta de 28,6% e beneficiadas pela fusão com a chilena LAN. Já as ações da Petrobras, pressionadas pelas incertezas da iminente oferta de ações, apresentam o pior resultado da carteira, com desvalorização de 22,9%.
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