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O inferno astral da UnitedHealth: Ação tem maior queda em 25 anos e derruba o Dow Jones

Nos holofotes depois do assassinato do CEO, gigante americana cai 20% após reportar aumento nos custos com planos Medicare Advantage

UnitedHealth (PATRICK T. FALLON/AFP/Getty Images)

UnitedHealth (PATRICK T. FALLON/AFP/Getty Images)

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 17 de abril de 2025 às 10h23.

Última atualização em 17 de abril de 2025 às 12h02.

As ações da multinacional americana UnitedHealth despencam 19,9% nesta quinta-feira, 17, após a divulgação de um balanço trimestral que frustrou as expectativas do mercado. A queda é tanta que está derrubando o Dow Jones,  que cai 1,48% no pregão de hoje, muito mais que os outros índices das bolsas americanas.

A UnitedHealth está sob os holofotes desde dezembro, quando ganhou as manchetes internacionais com o assassinato de Brian Thompson, então CEO da UnitedHealthcare, em Nova York. O americano Luigi Nicholas Mangione foi identificado como o principal suspeito do crime.

A companhia reduziu suas projeções de lucro para 2025, reduzindo a faixa estimada de US$ 29,50 a US$ 30 para US$ 26 a US$ 26,50 por ação.

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No primeiro trimestre deste ano, a UnitedHealth registrou lucro líquido de US$ 6,47 bilhões, revertendo o prejuízo de US$ 1,22 bilhão apurado no mesmo período de 2024. Já o lucro ajustado foi de US$ 7,20 por ação, levemente abaixo da projeção média dos analistas, de US$ 7,29.

Mesmo com o aumento da receita, que passou de US$ 99,8 bilhões para US$ 109,6 bilhões, o mercado reagiu de forma negativa à redução das projeções financeiras para o ano.

Segundo a empresa, o principal fator para o corte foi a alta inesperada nos custos médicos dos planos Medicare Advantage, devido ao maior uso de serviços ambulatoriais e consultas médicas.

O CEO da UnitedHealth, Andrew Witty, reconheceu que os resultados ficaram abaixo do esperado e afirmou que a companhia está adotando medidas agressivas para superar os desafios e retomar o ritmo de crescimento sustentável nos próximos anos.

Apesar da revisão negativa, a empresa destacou que os problemas são “altamente tratáveis” e que espera uma recuperação em 2026, apoiada no reajuste das tarifas repassadas pelo governo federal ao programa Medicare Advantage.

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