Theresa May: a premiê foi alvo de um requerimento para desafiar sua liderança (Divulgação/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de dezembro de 2018 às 19h54.
São Paulo - A libra se fortaleceu durante o pregão desta quarta-feira, 12, apoiada por sinais vistos como positivos por investidores da política do Reino Unido. Além disso, o maior apetite por risco fez o dólar recuar em geral, com o euro ainda fortalecido após a Itália afirmar que reverá sua proposta orçamentária para o próximo ano, o que deve melhorar a divergência em relação ao tema com a União Europeia.
No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 113,22 ienes, o euro avançava a US$ 1,1379 e a libra tinha alta para US$ 1,2642.
A premiê Theresa May foi alvo de um requerimento para desafiar sua liderança no Partido Conservador. Com isso, legisladores da sigla votaram para decidir se ela permaneceria ou não no posto. Durante o pregão, contudo, a imprensa britânica noticiou que a primeira-ministra deveria vencer o desafio, o que acabou se confirmando e fortalece sua posição enquanto ela tenta finalizar o acordo da saída do país da UE, o Brexit.
Outra questão importante nos mercados hoje foi a sinalização positiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o diálogo comercial com a China. As declarações de Trump apoiaram o apetite por risco, o que fez o dólar recuar ante várias moedas de países emergentes e ligados a commodities. A rupia indiana, por exemplo, se fortaleceu após o novo presidente do banco central local, Shaktikanta Das, garantir que a autonomia da instituição será mantida, após seu antecessor pedir demissão.
Na agenda de indicadores, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA ficou estável em novembro ante outubro, como previsto pelos analistas ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O núcleo do indicador, que exclui alimentos e energia, subiu 0,2%, também como esperado.
No caso do euro, a moeda comum continuou a avançar, após a Itália se pronunciar sobre o orçamento. O premiê Giuseppe Conte afirmou que o país buscará agora déficit equivalente a 2,04% do PIB no próximo ano, não mais de 2,4%.
Já na França, o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, disse que o déficit público do país deve superar o limite de 3% do PIB da UE, após o presidente Emmanuel Macron anunciar alta nos salários e outras medidas para tentar conter protestos.