Aneel: Nesse leilão, vence cada lote o proponente que aceita receber o menor valor em relação à Receita Anual Permitida (RAP) (Yangphoto/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 16 de dezembro de 2022 às 12h02.
Última atualização em 16 de dezembro de 2022 às 14h19.
O leilão de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizado nesta sexta-feira começou com disputa pelos lotes 6 e 3 do certame e deságios de até 46%. São seis lotes ao todo.
Nesse leilão da Aneel, vence cada lote o proponente que aceita receber o menor valor em relação à Receita Anual Permitida (RAP) de referência fixada no edital. A RAP é o valor a ser recebido pelas transmissoras pela prestação dos serviços, e esse montante é pago pelos consumidores, uma vez que está embutido na conta de luz.
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O primeiro lote disputado foi o 6, que tinha valor de referência de R$ 81,8 milhões e foi vencido pelo consórcio Olympus XIV, composto pela Alupar e pela Mercury, que ofereceu valor de R$ 69,5 milhões, deságio 15,05%.
O grupo disputou o ativo com a Cteep e com o FIP 175 Multiestratégia. Esse lote prevê a instalação, em 60 meses, de um novo serviço em uma subestação com aumento de confiabilidade e capacidade de suprimento às cargas de São Paulo e na região metropolitana da capital paulista.
O certame prevê, no total, a construção de 710 quilômetos de linhas e 3.650 mega-volt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações, além da manutenção outros 743 quilômetros de linhas e de 2.200 MW em subestações conversoras.
Ao todo, o investimento total previsto nos seis lotes do certame é de R$ 3,51 bilhões e todas as obras precisam estar concluídas até março de 2028, embora cada lote conte com um prazo específico que varia de de 42 a 60 meses.
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Os aportes serão realizados em nove estados:
Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. Os contratos terão duração de 30 anos e incluem a operação das linhas.
O segmento de transmissão é considerado o de maior atratividade para os investidores do setor de energia porque a receita dos contratos é indexada ao IPCA.
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