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Lei Magnitsky: ‘Não discutimos a lei, nós cumprimos a lei’, afirma CEO do Bradesco

Banco aguarda pareceres jurídicos dos EUA para definir abrangência e possíveis implicações em suas operações

Marcelo Noronha - Presidente do Bradesco

 (Leandro Fonseca/Exame)

Marcelo Noronha - Presidente do Bradesco (Leandro Fonseca/Exame)

Juliana Alves
Juliana Alves

Repórter de mercados

Publicado em 31 de julho de 2025 às 11h59.

Última atualização em 31 de julho de 2025 às 12h53.

O Bradesco (BBDC4) ainda está analisando o impacto da Lei Magnitsky, após o governo dos Estados Unidos ter sancionado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, utilizando essa legislação, que é voltada para punir estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos ou corrupção.

Embora o banco já tenha um parecer interno, ele aguarda dois pareceres adicionais de escritórios dos Estados Unidos para obter uma conclusão definitiva sobre o alcance da lei no setor bancário.

“Não discutimos a lei, nós cumprimos a lei”, afirmou o CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, em coletiva de imprensa realizada após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025.

De acordo com Noronha, a equipe jurídica do Bradesco está trabalhando ativamente para entender o impacto da Lei Magnitsky e espera receber os dois pareceres remanescentes para avaliar se a aplicação será ampla ou restrita. “Ainda não temos as conclusões”, afirmou o CEO.

O entendimento inicial é de que a Lei Magnitsky pode envolver todos os bancos que realizam negócios nos Estados Unidos. O Bradesco, que possui uma agência bancária, uma filial do banco, e duas broker-dealers (intermediárias de operações) nos Estados Unidos, tem uma presença significativa no mercado americano.

Apesar das incertezas, Noronha espera que a questão seja resolvida de forma diplomática, sem maiores implicações para as operações do banco nos Estados Unidos.

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