Participação da alta freqüência em relação ao total de operações chega a 66% nos EUA (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 10h49.
São Paulo – Um milésimo de segundo. É neste curto espaço de tempo que a Legan Asset decidiu participara para crescer e conquistar novos investidores. A empresa é a mais nova a aderir à modalidade dos fundos quantitativos. O gestor escolhido para capitanear a nova iniciativa foi Marcos Paolozzi, nome conhecido no mercado e com experiência de 20 anos com estratégias de algoritmos no Brasil e nos EUA.
“O mercado ainda é pequeno no Brasil, mas as taxas de crescimento são bastante elevadas”, afirmou Paolozzi em entrevista concedida ao programa Portfólio, de EXAME.com. “Em 1990 trabalhei em Chicago no começo do mercado nos EUA e hoje em dia é uma corrida em que se disputam os microssegundos para que a ordem chegue primeiro à bolsa e seja executada”, explica.
Ele explica ainda que devido à falta de disponibilidade de profissionais especializados no Brasil, a saída encontrada para formar a equipe foi a formação de pessoal interno. O benchmark do fundo é o CDI e o investimento mínimo é de 20 mil reais.
De acordo com números da Rosemblatt Securities, a participação do alta freqüência em relação ao volume total negociado com ações chega a 66% nos EUA e a 35% na União Europeia. No Brasil, essa relação ainda fica entre o patamar de 5% a 10%. No mercado de futuros a participação do alta frequência é um pouco menor e fica entre 35% e 40% nos EUA e União Europeia. Por aqui, a relação é a mesma vista no mercado de ações.
Também para incentivar o mercado, a bolsa brasileira implementou, a partir de novembro deste ano, uma política diferenciada de tarifação para os investidores de alta freqüência. A cobrança de emolumentos cai conforme o volume negociado no dia aumenta. A próxima fase de implementação dos descontos terá início em janeiro do próximo ano.