DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA: Cemig teve / Paulo Santos (Paulo Santos/Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2016 às 18h56.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h05.
Bolsa reage
Após iniciar o dia em queda pela aversão de risco nos mercados externos, o Ibovespa se recuperou e fechou o dia em alta de 0,16%. A alta foi impulsionada pelas ações preferenciais da Petrobras, que subiram 2,66% após o contrato futuro do barril de petróleo ter fechado em alta de 0,14%. Ações das empresas elétricas também registraram alta e grande volume de operação. Os desempenhos do petróleo e da eletricidade compensaram a queda das ações de mineradoras e siderúrgicas (leia abaixo). A alta do preço do petróleo também levou à desvalorização do dólar, que caiu 0,57%, cotado a 3,18 reais.
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Vale e siderúrgicas caem
Após a divulgação de uma fraca balança comercial na China, as empresas que trabalham com commodities tiveram queda no pregão, diante da expectativa de que a economia chinesa arrefeça mais do que o esperado. O preço do minério de ferro também registrou baixa, caindo 0,86%. Diante das notícias, as ações ordinárias da mineradora Vale tiveram queda de 4,3%, as maiores do dia no Ibovespa. As siderúrgicas Usiminas e CSN também tiveram alguns dos piores desempenhos do dia e caíram 4,04% e 2,94%. O fundo Bradespar, que detém parte da Vale, fechou o dia em queda de 2,98%.
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Eletrobras em Nova York
Os papéis da estatal Eletrobras voltaram a ser negociados na bolsa de Nova York nesta quinta-feira, após cinco meses de suspensão. Os American Depository Receipts, papéis lastreados nas ações ordinárias da companhia no Brasil, trocados nos Estados Unidos encerraram em alta de 238%, valendo 6,66 dólares. A suspensão da negociação das ações, em maio, aconteceu porque a empresa havia deixado de entregar os relatórios financeiros de 2014 e 2015. No Brasil, as ações ordinárias da Eletrobras fecharam em alta de 1,39%. As ações da Companhia Elétrica de Minas Gerais (Cemig) também registraram alta no pregão, de 3,12%.
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Kellogg no Brasil
A fabricante de alimentos americanas Kellogg anunciou a compra da produtora brasileira de biscoitos Parati por 1,38 bilhão de reais, cerca de 429 milhões de dólares. Com a aquisição, a Kellogg entra no mercado nacional de bolachas. A Parati também na produção de biscoitos, massas secas e sucos em pó. Em nota, a empresa afirmou que é a sua maior aquisição na América Latina e o início de seu plano de expansão global e de entrada em mercados emergentes. A Kellogg destacou que a Parati tem perspectiva de faturamento na faixa dos 600 milhões de reais este ano. A compra necessita ainda de aprovação dos órgãos reguladores e deverá ser concluída até o final de 2016.
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Desemprego e subocupação
Nova série do IBGE, baseada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad-Contínua) divulgada nesta quinta-feira, aponta que 16% do total da força de trabalho no Brasil estão desempregados ou subocupados. A força é composta por 102,4 milhões de pessoas, desse total 11,6 milhões estão procurando emprego e outros 4,8 milhões estão subocupados, ou seja, trabalham em jornadas que não somam 40 horas semanais. É a maior taxa de subutilização do trabalho desde 2012, quando IBGE começou as medições com a Pnad-Contínua.
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Bradesco reassegurado
O banco Bradesco anunciou a venda de contratos de grande risco da Bradesco Seguros à resseguradora Swiss Re. Os valores do negócio não foram divulgados, mas estima-se que a Swiss Re possa ganhar até 750 milhões de reais com os contratos e clientes do Bradesco. Na contrapartida, a Bradesco Seguros terá participação de 40% das operações da Swiss Re no Brasil, enquanto o resto permanece com a matriz da resseguradora. Diante do acordo, o Bradesco também deixa de poder operar contratos de grande risco no Brasil. Toda a operação ainda está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores.