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Juros voltam a acompanhar dólar, mas encerram em alta

O comportamento dos mercados foi propiciado pela aversão ao risco externo, mas ganhou força no Brasil por causa da desconfiança dos investidores com o país


	No caso específico das taxas futuras, os comentários de que o governo deve anunciar nesta quarta-feira, 12, um programa de crédito subsidiado para compra de eletrônicos pelos mutuários do programa Minha Casa, Minha Vida as manteve pressionadas
 (Wilson Dias/ABr)

No caso específico das taxas futuras, os comentários de que o governo deve anunciar nesta quarta-feira, 12, um programa de crédito subsidiado para compra de eletrônicos pelos mutuários do programa Minha Casa, Minha Vida as manteve pressionadas (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2013 às 17h08.

São Paulo - O mercado de juros voltou nesta terça-feira a acompanhar os movimentos do dólar, mas, ao contrário da moeda dos Estados Unidos, que terminou em baixa, as taxas futuras encerraram mais um pregão com avanço em todos os vencimentos, apesar de longe das máximas.

O comportamento dos mercados foi propiciado pela aversão ao risco externo, mas ganhou força no Brasil por causa da desconfiança dos investidores com o país. Com isso, o Banco Central (BC) voltou a atuar por duas vezes com leilões de swap cambial, com o intuito de impedir a disparada do dólar.

Além disso, criou-se a expectativa de que o encontro entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidente Dilma Rousseff, previsto para esta tarde, pudesse resultar em novas medidas para o câmbio, assegurando queda do dólar e desaceleração dos juros.

Mas, no caso específico das taxas futuras, os comentários de que o governo deve anunciar nesta quarta-feira, 12, um programa de crédito subsidiado para compra de eletrônicos pelos mutuários do programa Minha Casa, Minha Vida as manteve pressionadas. "Isso acabou favorecendo a manutenção das taxas em nível alto, pois é mais um estímulo ao consumo e, consequentemente, à inflação", disse um operador.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em outubro de 2013 (86.985 contratos) estava na mínima de 8,29%, de 8,27% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (699.245 contratos) apontava 8,70%, ante 8,64% nesta segunda-feira, 10, e máxima de 8,79%. No trecho intermediário e longo da curva, o juro com vencimento em janeiro de 2015 (579.450 contratos) indicava 9,49%, ante 9,41% na véspera e máxima de 9,87%. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (384.110 contratos) marcava 10,38%, de 10,30% nesta segunda-feira e máxima intraday de 10,86%. O DI para janeiro de 2021 (39.600 contratos) estava em 10,84%, ante 10,80% no ajuste anterior e máxima de 11,39%.

De acordo com um outro operador, a queda do dólar, a partir do meio da tarde, impediu uma abertura ainda mais intensa das taxas de juros. O dólar à vista no mercado de balcão recuou 0,51%, a R$ 2,1370. Para isso, além da expectativa em torno do encontro entre Mantega e Dilma, o BC vendeu 45 mil contratos em dois leilões de swap cambial (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro).

No que diz respeito à inflação corrente, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e que mede os preços em São Paulo, subiu 0,13% na primeira quadrissemana de junho, ligeiramente abaixo da mediana das projeções (0,16%).

Levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) encomendada à MDA Pesquisa, divulgado nesta terça-feira, sobre o governo Dilma e a avaliação da presidente mostrou, entre outros números, que 36,7% dos entrevistados consideram que o impacto da inflação na renda é alto.

Segundo 36,6%, a pressão sobre a renda é moderada e, conforme 8,6%, baixa. No exterior, a aversão ao risco foi alimentada pela decisão do Banco Central do Japão (BoJ) de deixar inalterada a política monetária, enquanto os investidores esperavam por novas ações.

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