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Juros terminam estáveis em meio à especulação eleitoral

No fim do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 10,99%


	Bovespa: na manhã, taxas receberam influência da queda do dólar e da alta dos juros dos Treasuries
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: na manhã, taxas receberam influência da queda do dólar e da alta dos juros dos Treasuries (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 17h37.

São Paulo - As taxas de juros futuros registraram volatilidade nesta quinta-feira, 2, em sintonia com o desempenho do dólar, mas terminaram perto dos níveis de ajustes, em meio à cautela antes da divulgação de novas pesquisas de intenção de voto nesta noite.

Durante a manhã, as taxas receberam influência da queda do dólar e da alta dos juros dos Treasuries, que tiveram suporte, por sua vez, no avanço dos rendimentos dos bônus da Alemanha com a decisão do Banco Central Europeu (BCE).

A autoridade monetária manteve hoje suas três principais taxas de juros inalteradas na reunião de política monetária.

A decisão decepcionou os investidores, que esperavam mais medidas de estímulo, o que acabou provocando queda das bolsas europeias e alta do euro e dos bônus do governo alemão.

Na entrevista que se seguiu à decisão, o presidente da autoridade monetária, Mario Draghi, evitou comentar a possibilidade de adoção de novas medidas de relaxamento quantitativo e deu apenas detalhes técnicos sobre o programa de compras de ativos, que já havia sido anunciado.

Ele informou que os programas de compras de títulos lastreados em ativos (ABS, na sigla em inglês) e bônus cobertos vão começar no quarto trimestre e durarão pelo menos dois anos.

Pela manhã, o investidores monitoraram a divulgação dos números da produção industrial do Brasil, que não teve impacto nos negócios, contudo. A produção industrial subiu 0,7% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal.

O resultado veio no teto do intervalo de expectativas dos analistas de 50 instituições ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde queda de 0,7% a avanço de 0,7%, com mediana de +0,15%.

Em relação a agosto de 2013, a produção caiu 5,4%. Nesta comparação, sem ajuste, as estimativas de 41 casas variavam desde queda de 6,60% a recuo de 1,20%, com mediana negativa de 5,74%.

O IBGE revisou o desempenho da produção industrial em meses anteriores. Em junho ante maio, a queda passou de -1,4% para -1,6%. Já em maio ante abril, a taxa ficou em -0,8%, de -0,9% na leitura inicial.

O economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, disse que, apesar do crescimento da produção industrial em agosto ante julho, o resultado mostra uma recuperação da indústria ainda em cima de uma base muito fraca, sem grande dinamismo.

Ele prevê que, mesmo que a produção cresça em setembro, o resultado do terceiro trimestre ainda será muito fraco, o que deve provocar desempenho negativo do PIB no período.

No fim do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 10,99%, ante 10,98% ontem.

O DI para janeiro de 2016 apontava taxa de 12,03%, ante 12,01% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 12,30%, de 12,33% no ajuste anterior. A taxa do DI de janeiro de 2021 estava em 12,32%, de 12,38% na véspera.

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