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Juros têm novo dia de oscilações contidas, com mercado esperando reforma

Bolsa e câmbio reagiram à informação de que o ministro da Economia falará sobre Previdência durante fórum em Davos,

Juros: Taxas curtas terminaram o dia praticamente estáveis (Thinkstock/Thinkstock)

Juros: Taxas curtas terminaram o dia praticamente estáveis (Thinkstock/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 19h28.

São Paulo - O mercado futuro de juros teve novo dia de oscilações contidas, refletindo o compasso de espera por novidades da reforma da Previdência e as margens estreitas para arbitragem. Pela manhã desta quinta-feira, 17, houve alguma pressão de alta na curva, que foi aliviada à tarde com ajustes do decorrer do dia. Assim, as taxas curtas terminaram o dia praticamente estáveis, com leve viés de baixa na ponta curta. O volume de negócios permaneceu reduzido, embora maior que o da quarta-feira.

Ao final dos negócios na sessão estendida da B3, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2020 apontou taxa de 6,55%, ante 6,59% do ajuste de quarta. O vencimento de janeiro de 2021 terminou projetando 7,38%, de 7,43% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 ficou em 8,50%, de 8,51%. Na parte mais longa, o DI para janeiro de 2025 terminou a sessão aos 9,00%, de 9,01% do ajuste da quarta-feira.

A principal notícia da tarde no cenário doméstico veio depois do encerramento dos negócios no horário regular. Com o mercado ávido por mais detalhes sobre a proposta de reforma da Previdência que será enviada ao Congresso em fevereiro, houve reação pontual no câmbio e na Bolsa quando foi divulgado que o ministro da Economia, Paulo Guedes, falará sobre o assunto durante a viagem a Davos, na Suíça, no Fórum Econômico Mundial.

De acordo com fontes da área econômica, a mensagem de Guedes no fórum será centrada em três pilares: além da reforma da Previdência, as privatizações e a reforma administrativa que está sendo feita pelo governo. Também serão apresentadas metas para os próximos anos, como a de aumentar a corrente de comércio de 22% do PIB para 30% do PIB até 2020. Para isso, o governo apresentará uma agenda de modernização da estrutura tarifária e de impostos e simplificação para as empresas exportadoras.

"A volatilidade no mercado diminuiu nos últimos dias, até porque as taxas tiveram quedas significativas com a expectativa em torno da reforma. Hoje há menos espaço para o investidor movimentar as taxas. No noticiário, somente o que se vê por enquanto são os balões de ensaio em torno do que será a proposta de reforma", disse Renan Sujii, estrategista de renda fixa da GS Research.

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