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Juros sobem sob influência do dólar e do exterior

Ao término da sessão regular da BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 marcava 10,981%, de 10,952% no ajuste anterior


	Bovespa: especulações em torno da corrida eleitoral continuaram a influenciar negócios
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: especulações em torno da corrida eleitoral continuaram a influenciar negócios (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 17h21.

São Paulo - As taxas dos contratos futuros de juros encerraram esta sexta-feira, 10, em alta, sob influência do avanço do dólar ante o real e da aversão ao risco no exterior.

Ao mesmo tempo, as especulações em torno da corrida eleitoral continuaram a influenciar os negócios.

Ao término da sessão regular da BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 marcava 10,981%, de 10,952% no ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2016 indicava 11,97%, de 11,86% na véspera e 11,91% na sexta-feira passada.

O DI para janeiro de 2017 apontava 11,93%, de 11,78% no ajuste anterior e 12,12% no fim da semana passada.

E o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 11,47%, de 11,36% ontem e 12,05% na sexta-feira passada. Vale destacar que as taxas longas subiram hoje mas, na semana, recuaram, em função da ida de Aécio Neves (PSDB) para o segundo turno da eleição presidencial.

Na noite de ontem, as pesquisas Ibope/Estadão/TV Globo e Datafolha mostraram empate técnico entre Aécio e Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, com o tucano numericamente à frente (51% a 49% dos votos válidos). A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Hoje, no exterior, os investidores correram para ativos mais seguros em função das preocupações com o desempenho da economia mundial, reforçadas pela perspectiva de que a Alemanha revise sua projeção de crescimento.

Pela manhã, o Ministério da Economia da Alemanha avaliou que fatores geopolíticos e a fraca demanda da zona do euro por produtos alemães pesam na perspectiva para a economia.

Neste ambiente, o dólar à vista negociado no balcão fechou hoje em alta de 1,30%, aos R$ 2,4180, tendo acelerado a queda na reta final em função do exterior, após notícias de que a agência de rating S&P alterou a perspectiva do rating AA da França de "estável" para "negativa". Este avanço do dólar puxou os juros futuros.

Não bastasse a preocupação com a economia global, os indicadores de atividade no Brasil também inspiraram cautela no mercado de renda fixa.

O fluxo total de veículos pelas estradas pedagiadas do País recuou 1,5% em setembro comparativamente a agosto, segundo o Índice ABCR divulgado pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e pela Tendências Consultoria Integrada.

Além disso, o emprego na indústria recuou 0,4% na passagem de julho para agosto, na série livre de influências sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi a quinta taxa negativa consecutiva, fazendo o pessoal ocupado assalariado no setor acumular uma perda de 2,9% nesse período.

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria diminuiu 0,8% em agosto ante julho.

Por outro lado, as vendas de papelão subiram 2,42% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Em relação a agosto deste ano, no entanto, as vendas caíram 0,09%, segundo dados de boletim prévio divulgado Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).

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