Mercados

Juros sobem puxados pelo dólar

O tom dos negócios para o dia é de cautela


	Bovespa: o contrato de DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,89%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: o contrato de DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,89% (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2014 às 10h55.

São Paulo - A abertura em alta do dólar no pregão desta sexta-feira, 23, embute um viés de alta nas taxas de juros futuros, que iniciaram o dia próximas dos níveis dos ajustes de quinta-feira, 22, mas depois passaram a mostrar um ajuste técnico.

Em todo caso, o tom dos negócios para o dia é de cautela por causa do fim de semana prolongado nos Estados Unidos e no Reino Unido, que não negociarão na próxima segunda-feira, 26, e também das eleições que acontecem na Ucrânia, no domingo, mesmo dia em que se encerram as votações para o Parlamento Europeu.

Por volta das 10h05, na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,89%, nivelada ao ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 estava em 11,85%, na máxima e de 11,81% no ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2021 projetava taxa de 12,24%, também na máxima, de 12,17% antes.

O mercado doméstico de juros futuros caminha rumo à consolidação das apostas de estabilidade da taxa Selic em maio. Ontem, a curva a termo projetava 87% de chance de o juro básico seguir em 11% neste mês, de 81% um dia antes.

Entre os dados da agenda doméstica do dia já anunciados, os investidores digerem a queda da confiança do consumidor em maio ante abril para o menor nível desde abril de 2009.

Além disso, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) voltou a mostrar desaceleração na terceira leitura do mês, com alta de 0,69% ante +0,78% na prévia anterior. O movimento de redução na alta dos preços foi puxado pelo grupo alimentação.

Em Nova York, o juro da T-note de 10 anos estava em 2,531%, de 2,552% no fim da tarde de ontem, à espera do único indicador do dia nos Estados Unidos, sobre as vendas de moradias novas no país em abril, às 11 horas.

O dado pode ajudar na calibragem das apostas sobre o fim dos estímulos monetários do Federal Reserve, mas os negócios deve ter liquidez reduzida e movimentos mais defensivos, diante do feriado de Memorial Day na segunda-feira.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresCâmbioDólarEmpresasEmpresas abertasJurosMoedasservicos-financeiros

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"