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Juros sobem pelo 15º mês seguido, diz Anefac

O juro médio subiu 0,13 ponto porcentual (pp) em dezembro ante novembro, para 7,56% ao mês (139,78% ao ano), o maior nível desde janeiro de 2009


	Bolsas: no cartão de crédito, a taxa subiu 0,41 pp, para 14,35% ao mês (399,84% ao ano) em dezembro, o maior nível desde outubro de 1995
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Bolsas: no cartão de crédito, a taxa subiu 0,41 pp, para 14,35% ao mês (399,84% ao ano) em dezembro, o maior nível desde outubro de 1995 (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2016 às 17h02.

São Paulo - As taxas de juros das operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas subiram em dezembro pelo 15º mês consecutivo e renovaram os maiores patamares desde 2009, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

No caso das pessoas físicas, novamente houve aumento nos juros em todas as seis linhas pesquisadas (juros do comércio; cartão de crédito rotativo; cheque especial; CDC-bancos-financiamento de veículos; empréstimo pessoal-bancos; e empréstimo pessoal-financeiras).

O juro médio subiu 0,13 ponto porcentual (pp) em dezembro ante novembro, para 7,56% ao mês (139,78% ao ano), o maior nível desde janeiro de 2009.

No cartão de crédito, a taxa subiu 0,41 pp, para 14,35% ao mês (399,84% ao ano) em dezembro, o maior nível desde outubro de 1995.

Em relação aos juros do comércio (crediário), houve alta em todos os 12 tipos de lojas pesquisadas, com a média geral subindo 0,05 pp, para 5,50% ao mês (90,12% ao ano).

A taxa mais alta foi registrada em Minas Gerais, com 5,61% ao mês (92,51% ao ano).

Nos financiamentos de veículos, o prazo médio se manteve em 36 meses.

Entre as pessoas jurídicas, houve alta nas três linhas (capital de giro; desconto de duplicatas; e conta garantida).

O juro médio avançou 0,05 pp no mês passado ante o anterior, para 4,27% ao mês (65,16% ao ano), o patamar mais alto desde fevereiro de 2009.

No caso da conta garantida, a taxa subiu 0,10 pp, para 7,30% ao mês (132,91% ao ano), o maior patamar desde setembro de 1999.

Segundo a Anefac, as altas podem ser atribuídas a alguns fatores, como o cenário macroeconômico que aumenta o risco de elevação da inadimplência e o avanço das taxas de juros futuros por conta da turbulência política e econômica.

"A tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses", diz a entidade.

A Anefac lembra que, considerando todas as elevações da Selic promovidas pelo Banco Central desde março de 2013, houve aumento de 7,00 pontos porcentuais (ou alta de 96,55%) na taxa básica de juros, para o nível atual de 14,25%.

No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou elevação de 51,81 pp (+58,90%). Já na pessoa jurídica houve alta de 21,58 pp (+49,52%).

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