Mercados

Juros sobem no mercado futuro em meio a noticiário negativo

Os sinais de contração da economia chinesa, a partir de indicadores industriais de agosto, espalharam nervosismo pelos mercados de todo o mundo


	Juros: no noticiário interno, ainda pesou a repercussão do déficit primário de R$ 30,5 bilhões previsto no Orçamento de 2016
 (thinkstock)

Juros: no noticiário interno, ainda pesou a repercussão do déficit primário de R$ 30,5 bilhões previsto no Orçamento de 2016 (thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2015 às 17h54.

São Paulo - A combinação entre notícias negativas nos cenários interno e externo pressionou o dólar e levou os juros a uma disparada no mercado futuro nesta terça-feira, 1.

Os sinais de contração da economia chinesa, a partir de indicadores industriais de agosto, espalharam nervosismo pelos mercados de todo o mundo, o que aumentou a aversão ao risco e a busca dos investidores por ativos de proteção.

No noticiário interno, ainda pesou a repercussão do déficit primário de R$ 30,5 bilhões previsto no Orçamento de 2016. Nesta terça-feira, a agência de classificação de risco Fitch fez alertas sobre a piora das condições do País nos últimos meses.

O banco Morgan Stanley, por sua vez, afirmou em relatório que prevê a perda do investment grade do Brasil nos próximos 12 meses. Já para o JPMorgan, a desclassificação deve ocorrer até o final de 2016.

Na falta de notícias positivas que pudessem amenizar o mau humor, houve espaço para especulações em torno de diferenças de pontos de vista entre ministros e até sobre a permanência de executivos no governo. Esse ambiente favoreceu a volatilidade das taxas, que renovaram sucessivas altas no período da tarde.

O Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2016 fechou com taxa de 14,325%, contra 14,305% do ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2017 fechou em 14,43%, ante 14,22%, enquanto o vencimento de janeiro de 2019 terminou o dia em 14,48%, de 14,16% na véspera. A taxa para janeiro de 2021 subiu para 14,39%, de 14,12% no ajuste anterior.

Em tempo: em meio ao cenário turbulento, começou no final de tarde a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que decidirá amanhã sobre a taxa básica Selic, hoje em 14,25%.

A expectativa majoritária é de manutenção da taxa básica da economia, após um ciclo de seis altas consecutivas.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCâmbioDólarMoedasChinaJuros

Mais de Mercados

B3 reforça estratégia em duplicatas com aquisição de R$ 37 milhões

Sob 'efeito Coelho Diniz', GPA fecha segundo dia seguido entre maiores altas da bolsa

Trump diz que está preparado para disputa judicial pela demissão de Lisa Cook do Fed

Dólar fecha em leve alta de a R$ 5,43 com dados do IPCA-15