Mercados

Juros sobem levemente com noticiário e liquidez fracos

Os investidores seguiram sob a expectativa do fim da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) na quarta-feira


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (208.555 contratos) indicava 10,53%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (208.555 contratos) indicava 10,53% (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 16h10.

São Paulo - Na ausência de indicadores e notícias de maior peso, a liquidez voltou a minguar no mercado de juros, o que manteve as taxas futuras estáveis em boa parte da sessão desta terça-feira, 29. Na reta final, no entanto, um movimento técnico de zeragem de posições conseguiu deixar as taxas em alta.

Os investidores seguiram sob a expectativa do fim da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) na quarta-feira, 30. Apesar de a maioria absoluta do mercado descartar a possibilidade de qualquer sinalização de mudança nos estímulos aos EUA, a postura foi de cautela.

Os indicadores domésticos de crédito, de confiança da indústria e de inflação foram apenas monitorados.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (208.555 contratos) indicava 10,53%, de 10,51% no ajuste anterior.

Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (143.945 contratos) apontava 11,31%, ante 11,30% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (5.485 contratos) estava em 11,66%, ante anteriores 11,63%.

"O mercado está sem novidades para se mover. Os investidores estão em compasso de espera pelos indicadores que ainda irão sair nesta semana, além do resultado da reunião do Fed", afirmou um operador, em referência ao resultado fiscal do governo no mês passado, ao IGP-M de outubro e à produção industrial em setembro. "Enquanto isso, a liquidez seguiu abaixo da média do mês, que já é baixa", completou.

Dos dados conhecidos mais cedo, o estoque das operações de crédito cresceu 0,8% em setembro ante agosto, segundo o Banco Central (BC). No crédito livre, o aumento foi de 0,9%.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse que o avanço poderia ter sido maior não fosse a paralisação dos bancários iniciada em meados do mês passado. A taxa média de juros no crédito livre subiu de 28,0% ao ano em agosto para 28,4% ao ano em setembro, a maior desde maio de 2012 (28,5% ao ano).

Pala manhã, a Fundação Getulio Vargas informou que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 0,2% em outubro ante setembro, passando de 98 para 97,8 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), por sua vez, apresentou relativa estabilidade, para 84,1% neste mês, de 84,2% no anterior. Na sexta-feira, 01, saem os dados da produção industrial de setembro.

O dólar também oscilou pouco neste pregão, o que também contribuiu para que as taxas de juros ficassem estáveis. A moeda dos EUA no balcão terminou com leve baixa de 0,05%, cotada a R$ 2,181.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasIndicadores econômicosJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol