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Juros seguem viés de baixa do dólar e terminam em queda

As taxas futuras, que chegaram a cair com força pela manhã, reduziram o movimento à tarde e registraram no fechamento recuos bem mais contidos


	Bovespa: ao término da negociação estendida, taxa do DI para janeiro de 2015 marcava 10,78%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da negociação estendida, taxa do DI para janeiro de 2015 marcava 10,78% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 17h08.

São Paulo - A baixa do dólar após o anúncio da extensão do programa de swap cambial, ontem, pelo Banco Central, e dos yields dos Treasuries, após o PIB fraco dos EUA no primeiro trimestre, acabaram imputando também viés de queda aos juros futuros.

Mas as taxas futuras, que chegaram a cair com força pela manhã, reduziram o movimento à tarde e registraram no fechamento recuos bem mais contidos.

A queda das taxas dos bônus norte-americanos também acabou sendo menos intensa do que se desenhava após a divulgação do PIB do país, o que ajudou a justificar o ajuste das taxas no período da tarde.

Ao término da negociação estendida na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (128.415 contratos) marcava 10,78%, de 10,77% no ajuste anterior.

Nos trechos intermediário e longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2016 (176.820 contratos) apontava 11,09%, de 11,15% ontem.

O juro para janeiro de 2017 (234.280 contratos) indicava 11,39%, de 11,45% na véspera. E o DI para janeiro de 2021 (31.120 contratos) mostrava 11,85%, de 11,88% no ajuste anterior.

Com a continuidade do swap cambial, o Banco Central sinaliza que vai continuar usando o câmbio para conter a inflação e chama a atenção do investidor para a curva de juros.

Um gestor comentou que as apostas do mercado para o dólar estavam elevadas, o que ajuda a justificar a manutenção da venda da "ração diária".

Essas estimativas também corrompem as projeções de inflação, que seguem igualmente altas, apesar da atividade fraca.

Vale destacar que saíram hoje dados de crédito e de confiança da indústria. Neste último caso, houve recuo de 3,4% no índice da FGV, para 87,6 pontos em junho, o menor nível desde maio de 2009 (86,4).

E o BC informou que a inadimplência subiu de 4,8% em abril para 5% em maio, enquanto a média diária de concessões no crédito livre caiu 2,7% de abril para maio, para R$ 13 bilhões.

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