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Juros recuam com IPCA perto do piso das estimativas

Os dados do IBGE confirmam o rompimento do teto do intervalo da meta de inflação perseguida pelo governo


	Mercado: os dados do IBGE confirmam o rompimento do teto do intervalo da meta de inflação perseguida pelo governo
 (seewhatmitchsee/Thinkstock)

Mercado: os dados do IBGE confirmam o rompimento do teto do intervalo da meta de inflação perseguida pelo governo (seewhatmitchsee/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2016 às 09h17.

São Paulo - O mercado de juros futuros absorve na manhã desta sexta-feira, 8, a inflação de 10,67% no fechamento de 2015, que representa a maior taxa anual desde 2002 (12,53%).

Em dezembro, ela ficou em 0,96%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma inflação de dois dígitos no ano passado, no entanto, já era esperada.

Além disso, ambos os números vieram perto do piso das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções (de 10,66% e 0,95%, respectivamente).

Por isso, os juros futuros reagem em baixa. O movimento das taxas futuras também é determinado pela queda do dólar nos primeiros negócios do dia, em meio à diminuição da tensão no exterior.

Os dados do IBGE confirmam o rompimento do teto do intervalo da meta de inflação perseguida pelo governo (4,5%, com tolerância de 2,0 pontos porcentuais para mais ou menos).

A última vez que isso aconteceu foi em 2003, quando o IPCA fechou o ano em 9,30%.

O Banco Central, presidido por Alexandre Tombini, terá que escrever uma carta pública ao Ministério da Fazenda, cujo titular é Nelson Barbosa, na qual deverá listar os motivos pelos quais a inflação ultrapassou o limite estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Às 9h33, o DI para abril de 2016 indicava 14,625%, ante 14,638% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,48%, de 15,54% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 apontava 16,19%, de 16,28% no ajuste da véspera.

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