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Juros oscilam pouco com dado de emprego incompleto

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa projetada pelo DI janeiro de 2013 estava em 7,31%


	Bovespa: entre os longos, o DI janeiro de 2017 indicava 9,38%
 (Germano Lüders/EXAME)

Bovespa: entre os longos, o DI janeiro de 2017 indicava 9,38% (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 18h07.

São Paulo - Sem o relatório de emprego de julho completo, devido à greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os investidores em juros ficaram órfãos de uma nova referência para alterar apostas sobre a condução da política monetária e as taxas futuras terminaram o dia perto da estabilidade. Em um ambiente de piora externa, esse comportamento se justifica pela piora das perspectivas de inflação e por alguns recentes indicadores de atividade um pouco melhores. Com isso, as apostas para a reunião de outubro do Comitê de Política Monetária (Copom) seguem divididas entre manutenção da Selic em 7,50%, após o corte de 0,50 ponto porcentual dado como certo para agosto, e nova redução de 0,25 ponto.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa projetada pelo DI janeiro de 2013 (144.640 contratos) estava em 7,31%, nivelado ao ajuste. Já a taxa do contrato de juro futuro para janeiro de 2014 (187.575 contratos) marcava 7,96%, de 7,93% na quarta-feira. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (69.115 contratos) indicava 9,38%, também igual à véspera, enquanto o DI janeiro de 2021, com giro de 2,435 contratos, apontava 9,97%, de 9,99% no ajuste.

Nesta quinta-feira o IBGE divulgou dados de apenas quatro das seis regiões pesquisadas para a confecção do relatório de emprego. As informações relativas às regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e Salvador ficaram de fora e não foi divulgada taxa de desocupação média do País.


No levantamento incompleto, destaque para a taxa de desocupação de São Paulo em julho, que caiu de 6,5% para 5,7%. Nas demais áreas que tiveram dados divulgados, a taxa de desocupação em Porto Alegre foi de 3,8%, inferior aos 4,0% de junho; Belo Horizonte ficou com 4,4%, ante 4,5% no mês anterior; e Recife, com 6,5%, de 6,3% de junho. Segundo o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, o quadro geral do mercado de trabalho em julho nas quatro regiões pesquisadas é de estabilidade. Ele acredita que o reflexo de uma retomada do setor produtivo só poderá ser percebido nas próximas pesquisas, principalmente de agosto e setembro.

No âmbito da inflação, o único dado de hoje foi o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), que ficou em 0,34% na terceira quadrissemana de agosto, ante 0,39% período anterior, encerrado em 15 de agosto. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), três das oito classes de despesas que compõem o IPC-S apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição para a trajetória do indicador divulgado hoje veio do grupo Alimentação, que desacelerou de 1,27% na segunda quadrissemana para 1,07% na terceira.

No exterior, o clima negativo foi alimentado antes mesmo da abertura dos negócios no mundo Ocidental, visto que o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) preliminar da China, medido pelo HSBC, caiu para 47,8 em agosto - a maior baixa em nove meses - em comparação com a leitura final de 49,3 em julho.

E no decorrer do dia, as notícias não foram melhores. Em entrevista à rede CNBC, o presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, disse que as atuais condições econômicas dos EUA não são suficientemente ruins para justificar mais relaxamento quantitativo no país, o que minou a esperança de que a autoridade monetária dos EUA atue no curto prazo para estimular a economia

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