Bovespa: no fim do pregão regular do mercado de juros, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 indicava 10,547% (Alexandre Battibugli/EXAME)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 17h07.
São Paulo - As taxas futuras dos juros fecharam a sessão em baixa, conduzidas pelo tom mais suave das declarações feitas nesta terça-feira, 18, pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre a inflação.
Os comentários elevaram as apostas de que o ritmo de elevação da Selic poderá ser reduzido para 0,25$ na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, prevista para a semana que vem.
No fim do pregão regular do mercado de juros, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (241.140 contratos) indicava 10,547%, na mínima, ante 10,558% no ajuste de segunda.
O DI para janeiro de 2015 (523.495 contratos) tinha taxa de 11,12%, no menor patamar da sessão, ante 11,22% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (233.585 contratos) apontava 12,48%, de 12,58%, e o DI para janeiro de 2021 (28.240 contratos) marcava 13,01%, de 13,06% no ajuste anterior.
Em entrevista à imprensa estrangeira, Tombini afirmou que o ciclo de aperto monetário iniciado em abril do ano passado já está mostrando alguns resultados, visto que a inflação em 12 meses diminuiu cerca de um ponto porcentual, para 5,6%, e voltará para a meta de 4,5% "nos próximos trimestres".
Ele disse também que o BC vai fazer o que for preciso para levar a inflação para baixo e manter o mercado de câmbio sob controle. Segundo Tombini, não há necessidade de usar as reservas no mercado de câmbio no momento para conter a desvalorização do real, mas se for preciso elas podem ser acionadas no futuro.
A queda dos juros domésticos ocorreu a despeito da alta do dólar. No fim do dia no balcão, a moeda dos EUA fechou em alta de 0,25% ante o real, cotada a R$ 2,3930.