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Juros futuros têm viés de alta com produção, Treasuries e leilão

Às 10 horas, o DI para janeiro de 2019 estava em 6,81%, de 6,805% no ajuste de quarta

B3: DI para janeiro de 2020 marcava 8,02%, de 8,00% (Germano Lüders/Site Exame)

B3: DI para janeiro de 2020 marcava 8,02%, de 8,00% (Germano Lüders/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 10h59.

São Paulo - Os juros futuros oscilam com viés de alta, limitada pela volatilidade do dólar ante o real, que retomou a queda na manhã desta quinta-feira, 1º de fevereiro, após abertura com sinal positivo.

O avanço dos juros dos Treasuries, o resultado melhor da produção industrial em dezembro e em 2017 e a expectativa com o leilão de títulos do Tesouro nesta quinta ampararam leves ganhos das taxas, segundo um operador de renda fixa.

A produção industrial subiu 2,8% em dezembro de 2017 ante novembro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio perto do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam expansão de 0,5% a 3%, com mediana positiva de 1,85%.

Em relação a dezembro de 2016, a produção cresceu 4,3% em dezembro de 2017. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um aumento de 1,1% a 5,7%, com mediana positiva de 3,3%.

No ano de 2017, a indústria teve alta de 2,5%, ligeiramente acima da mediana das projeções, calculada em 2,40%. As previsões iam de avanço de 2,2% a 3,2%.

No câmbio, o dólar se enfraqueceu em meio a vendas de exportadores e interesses técnicos.

Na sexta, vencem US$ 3 bilhões em linha de dólares e o Banco Central não disse se rolará ou não esse compromisso.

O gerente de mesa de derivativos de uma gestora de recursos disse que "o dólar tentou subir, mas caiu de novo e, pouco antes do fechamento deste texto, buscava um nível preço à espera de notícia forte, como definição sobre a rolagem ou não do vencimento de linha de US$ 3 bilhões amanhã".

Tecnicamente, segundo a fonte, o enfraquecimento do dólar interessa a quem obteve empréstimo de linha com o Banco Central e precisaria comprar a moeda nesta quinta para devolver à instituição, caso não haja anúncio de leilão de rolagem.

"Se tiver que devolver, compraria o dólar mais baixo", afirma.

A princípio, a moeda americana se fortaleceu ante o real com ajuda de seus pares principais e da maioria das divisas emergentes e ligadas às commodities no exterior.

Às 10 horas, o DI para janeiro de 2019 estava em 6,81%, de 6,805% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2020 marcava 8,02%, de 8,00%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 exibia 8,83%, de 8,82% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 estava em 9,50%, de 9,51% de quarta.

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