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Juros futuros recuam acompanhando dólar e exterior

Viés de baixa para taxas futuras veio, principalmente, da queda do dólar e dos juros projetados pelos Treasuries, títulos do Tesouro dos Estados Unidos


	Nesse ambiente, o mercado deve chegar à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na noite de quarta-feira, com as apostas praticamente fechadas em torno de uma elevação de 0,50 ponto porcentual para a Selic
 (Elza Fiúza/ABr)

Nesse ambiente, o mercado deve chegar à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na noite de quarta-feira, com as apostas praticamente fechadas em torno de uma elevação de 0,50 ponto porcentual para a Selic (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2013 às 17h04.

São Paulo - Com os investidores em compasso de espera pelo feriado da terça-feira, 09, em São Paulo, a liquidez do mercado de juros neste pregão foi muito reduzida e o viés de baixa para as taxas futuras veio, principalmente, da queda do dólar e dos juros projetados pelos Treasuries, que são os títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

Além disso, indicadores de preços mostrando desaceleração contribuíram para a baixa dos juros. Nesse ambiente, o mercado deve chegar à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na noite de quarta-feira, com as apostas praticamente fechadas em torno de uma elevação de 0,50 ponto porcentual para a Selic, referencial do juro básico no país, que passaria para 8,50%.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para outubro de 2013 (apenas 3.280 contratos) estava em 8,43%, igual ao ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (36.570 contratos) marcava mínima de 8,78%, ante 8,82% na sexta-feira. O vencimento para janeiro de 2015 (101.030 contratos) indicava taxa de 9,58%, ante 9,67%. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (60.975 contratos) apontava 10,87%, de 11,04% na sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 (3.585 contratos) estava em 11,33%, de 11,52% no ajuste anterior.

Pela manhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,23% na primeira quadrissemana de julho, ante 0,35% na última leitura de junho. Os preços do grupo Alimentação dentro do IPC-S voltaram apontaram deflação pela primeira vez desde fevereiro do ano passado. Esta classe de despesa registrou queda de 0,08% nesta leitura inicial de julho, ante +0,02% no fim de junho.


Na Focus, analistas do mercado financeiro voltaram a revisar para baixo as projeções para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste e do próximo ano. De acordo com o levantamento, a atividade brasileira crescerá 2,34% em 2013, de 2,40% na pesquisa anterior. Os economistas que respondem ao levantamento revisaram para cima a projeção do IPCA para 2014, de 5,88% para 5,90%. O IPCA para 2013 recuou para 5,81%, de 5,87% - em função da surpresa positiva com o indicador de junho. As estimativas para a Selic em 2013 e 2014 seguiram inalteradas em 9,25%.

Pelo lado da atividade, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), elaborado pela FGV, recuou 2,5% em junho ante maio, ajustado sazonalmente. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), por outro lado, caiu 1,3% em junho ante maio, também se considerando os dados com ajuste sazonal.

À tarde, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que a utilização da capacidade instalada ficou em 82,2% em maio ante 82,9% em abril, pela série dessazonalizada. Em maio de 2012, era de 82,1%. As vendas reais da indústria caíram 0,5% em maio ante abril, mas subiram 6,1% ante maio de 2012.

Os juros longos tiveram queda um pouco mais intensa, acompanhando o humor externo e o recuo dos Treasuries norte-americanas. Os papéis do governo dos Estados Unidos de 10 anos recuavam para 2,648% às 16h33 (horário de Brasília), de 2,723% no fim da tarde de sexta-feira.

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