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Juros futuros ficam próximos de ajustes à espera do IPCA

Ao final da sessão regular da BM&F, a taxa dos contratos futuros de juros com vencimento em janeiro de 2013 marcava 7,31%, na mínima


	Pregão da Bovespa: na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 9,04%
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Pregão da Bovespa: na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 9,04% (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2012 às 17h50.

São Paulo - Em um dia de agenda esvaziada no Brasil e no exterior, as taxas dos contratos futuros de juros oscilaram em margens estreitas e encerraram a sessão próximas dos ajustes de segunda-feira, em leve baixa. O relativo otimismo na Europa e nos Estados Unidos não foi capaz de dar uma direção mais consistente para os negócios, com os investidores ainda à espera de novidades concretas na zona do euro. Por aqui, os indicadores industriais divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a inflação do IPC também não tiveram força para redefinir posições.

Ao final da sessão regular da BM&F, a taxa dos contratos futuros de juros com vencimento em janeiro de 2013 (150.800 contratos) marcava 7,31%, na mínima, ante o ajuste de 7,35% de segunda-feira. A taxa do DI para janeiro de 2014 (182.515 contratos) estava em 7,77%, ante 7,79% do ajuste anterior. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (35.260 contratos) tinha taxa de 9,04%, ante ajuste de 9,05%, e o DI para janeiro de 2021 (3.525 contratos) marcava 9,60%, mesma do ajuste anterior. A liquidez, assim como ontem, foi contida. "O mercado está esperando um pouco para ver para onde corre", resumiu o economista-chefe da TOV Corretora, Pedro Paulo Silveira.

Pela manhã, a CNI informou que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria ficou em 80,8% em junho, praticamente estável ante os 80,9% de maio. Já o faturamento real subiu 2,9% em junho ante maio, considerando os dados com ajuste sazonal, e aumentou 2,4% em relação a junho do ano passado.


No âmbito da inflação, o Índice do Custo de Vida (ICV) na cidade de São Paulo, medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), subiu 0,42% em julho, ante 0,23% em junho. Nos 12 meses até julho, a inflação dos paulistanos acumula alta de 6,37% e, em 2012, de 3,86%.

Tanto os números da CNI quanto o dado de inflação do Dieese não fizeram preço na curva a termo. No caso da inflação, essa letargia já havia ocorrido na segunda-feira, quando a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou um IGP-DI de 1,52% em julho, ante 0,69% em junho.

Na quarta-feira o mercado terá mais dados de inflação pela frente: o IGP-M da primeira prévia de agosto, o IPC-S do mesmo período e o IPCA de julho. As atenções estarão voltadas principalmente para o IPCA que, se vier fora das projeções do mercado, pode sugerir ajustes nas taxas dos DIs. Levantamento feito pelo AE Projeções com 60 instituições financeiras projeta um IPCA entre 0,30% e 0,53% em julho. A mediana apontou taxa de 0,38%.

"Dependendo do que vier, o mercado começará a trabalhar mais com uma Selic de 7,25% no fim do ano", comentou um operador ouvido pela Agência Estado, que não descarta uma taxa básica ainda menor, de 7,00%, no encerramento de 2012. "A Selic em 7,25%, aliás, já apareceu na Focus de ontem", completou, em referência ao boletim do Banco Central.

Por enquanto, a curva a termo segue precificando um corte de 0,50 ponto porcentual da Selic na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom). Para o encontro de outubro, as apostas ainda estão divididas entre manutenção da taxa básica e corte adicional de 0,25 ponto porcentual.

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