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Juros futuros fecham estáveis com espera por julgamento de Lula

Taxa do DI para janeiro de 2021 encerrou estável em 8,93%. O DI para janeiro de 2023 terminou com taxa de 9,72%, de 9,69%

B3: investidores não querem assumir posições antes de conhecer o resultado do julgamento de Lula (Germano Lüders/Site Exame)

B3: investidores não querem assumir posições antes de conhecer o resultado do julgamento de Lula (Germano Lüders/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de janeiro de 2018 às 17h24.

Última atualização em 22 de janeiro de 2018 às 17h28.

São Paulo - Os juros futuros terminaram a sessão regular perto da estabilidade e com viés de alta nos principais contratos, trajetória que foi vista desde a parte da manhã desta segunda-feira, 22.

Além das taxas passarem o dia de lado, a sessão foi marcada pelo volume fraco.

Tudo em razão do compasso de espera pelo julgamento do recurso do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, na quarta-feira, que pode definir a viabilidade de sua candidatura à Presidência.

Os investidores não querem assumir posições antes de conhecer o resultado.

Questões como a paralisação da máquina pública nos Estados Unidos e o noticiário em torno da reforma da Previdência ficaram em segundo plano.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 encerrou em 6,920%, de 6,915% no ajuste de sexta-feira e a do DI para janeiro de 2020 terminou em 8,09%, de 8,08% no ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2021 encerrou estável em 8,93%. O DI para janeiro de 2023 terminou com taxa de 9,72%, de 9,69%.

"O mercado está muito no compasso de espera pelo julgamento, fazendo só mesmo as operações de rotina, sem um sentido mais direcional", afirmou o gestor de renda fixa da Lerosa Investimentos, Carlos Fernando Vieira.

As taxas até chegaram a operar em leve queda na abertura, alinhadas ao sinal do dólar, mas o vínculo se perdeu ao longo do dia, com as taxas se acomodando nos ajustes de sexta-feira, enquanto o dólar ficou mais volátil.

Pouco antes do fechamento deste texto, já com a sessão regular encerrada, a moeda se firmou em alta e passou a renovar máximas, já perto dos R$ 3,21 no segmento à vista, refletindo fluxo de compra de importadores aproveitando a queda dos preços mais cedo. Com isso, a moeda ficou descolada das demais divisas de economias emergentes, que estão em alta.

Em Wall Street, as bolsas avançam, refletindo o fechamento de um acordo entre senadores republicanos e democratas para a votação, ainda nesta segunda, do projeto orçamentário temporário que reabrirá o governo federal até 8 de fevereiro.

Às 16h30, o Dow Jones subia 0,26% e o S&P 500,+0,49%. No Brasil, o Ibovespa tinha ganho de 0,19%, aos 81.371,24 pontos.

Na política, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) que o déficit da Previdência divulgado nesta segunda-feira pelo governo, de R$ 268,8 bilhões em 2017, é "trágico", mas pode ajudar no convencimento dos parlamentares para aprovar a reforma da Previdência.

Mesmo com uma ala próxima do presidente Michel Temer já admitindo que a votação da reforma pode ficar para depois das eleições, o próprio presidente relatou a interlocutores diretos neste fim de semana que é melhor colocar em votação em fevereiro "mesmo que para perder".

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