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Juros futuros disparam após nova pesquisa Ibope

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (118.500 contratos) marcava 10,85%, de 10,83% no ajuste anterior


	Bovespa: viés de alta do dólar e dos yields dos Treasuries sedimentaram movimento de ativos domésticos
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: viés de alta do dólar e dos yields dos Treasuries sedimentaram movimento de ativos domésticos (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 17h21.

São Paulo - Os juros futuros aceleraram a alta na reta final de negócios e terminaram o pregão perto das máximas do dia.

Tal movimento teve origem na pesquisa Ibope, divulgada na manhã desta sexta-feira, 12, e que voltou a mostrar reação da presidente Dilma Rousseff nas intenções de voto.

Por fim, no exterior, o viés de alta do dólar e dos yields dos Treasuries acabaram por sedimentar o movimento dos ativos domésticos.

Como resultado, a taxa do DI para janeiro de 2016 fechou abaixo do juro para janeiro de 2021 pela primeira vez desde 28 de agosto.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (118.500 contratos) marcava 10,85%, de 10,83% no ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2016 (313.360 contratos) indicava 11,61%, de 11,41% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (421.180 contratos) apontava 11,77%, de 11,48% no ajuste anterior.

E o DI para janeiro de 2021 (326.195 contratos) tinha taxa de 11,68%, de 11,29% na quinta-feira, 11.

Ainda pela manhã, o mercado conheceu a mais recente sondagem CNI/Ibope, que mostrou o fim do empate técnico no primeiro turno, com Dilma à frente, oscilando de 37% para 39%. Marina tem 31% e Aécio, 15%.

Para o segundo turno, a vantagem de Marina Silva sobre Dilma caiu, de 7 pontos para apenas 1. Agora a candidata do PSB tem 43% e a petista, 42%.

Enquanto isso, no exterior, crescem as expectativas de que o Fed usará um tom mais "hawkish" no comunicado da reunião de política monetária da próxima semana, marcada para os dias 16 e 17.

Essa avaliação ganhou força com a divulgação de números relativamente positivos da economia dos EUA.

Embora tenham vindo ligeiramente abaixo da expectativa, as vendas no varejo norte-americano subiram 0,6% em agosto e os números dos dois meses anteriores foram revisados para cima.

Além disso, o dado sem automóveis avançou mais que o esperado. Já o índice preliminar de sentimento do consumidor dos EUA, medido pela Universidade de Michigan, saltou para 84,6 em setembro, de 82,5 em agosto, superando a previsão de uma leitura de 83,0.

Assim, o yield do T-note de 10 anos subia a 2,611% às 16h39, de 2,551% no fim da tarde de ontem.

Também influenciado por esse ambiente, o dólar à vista no mercado de balcão teve a quinta sessão seguida de alta e encerrou o dia com valorização de 2,01%, cotado a R$ 2,3380 - maior valor desde 19 de março deste ano.

Na semana, a divisa norte-americana acumulou valorização de 4,24%.

Antes da abertura do mercado de juros, o Banco Central revelou que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 1,50% em julho ante o mês anterior, na série com ajuste sazonal, ficando acima da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções (1,05%), mas dentro do intervalo das estimativas (-0,60% a +1,70%).

Na comparação anual, a queda foi 0,23%, sendo uma queda menor do que a mediana (-0,90%), mas também ficou dentro das previsões (-2% a +0,10%) dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções.

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