Mercados

Juros futuros caem nos vencimentos curtos e sobem nos longos

Os contratos com vencimento até 2017 mostraram discreta baixa, mas os vencimentos mais longos subiram e fecharam nas máximas


	Bolsas: ao término da sessão regular, o DI abril de 2016 projetava 14,585%, de 14,600% no ajuste anterior
 (seewhatmitchsee/Thinkstock)

Bolsas: ao término da sessão regular, o DI abril de 2016 projetava 14,585%, de 14,600% no ajuste anterior (seewhatmitchsee/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 16h56.

São Paulo - Os juros futuros fecharam nesta segunda-feira, 7, sem direção única, após passarem a sessão rondando os ajustes anteriores.

Os contratos com vencimento até 2017 mostraram discreta baixa, mas os vencimentos mais longos subiram e fecharam nas máximas.

Numa sessão de volume de contratos negociados muito fraco, o mercado se ressentiu da agenda esvaziada de indicadores e eventos, monitorando, contudo o noticiário em torno do processo de impeachment aberto contra a presidente Dilma.

Ao término da sessão regular, o DI abril de 2016 projetava 14,585%, de 14,600% no ajuste anterior.

O DI janeiro de 2017 passava de 15,77% no ajuste para 15,74%. E o DI janeiro de 2021 estava em 15,77% (máxima), de 15,68% no ajuste da sexta-feira.

Os vencimentos até 2017 devolveram um pouco os prêmios acumulados ao longo dos últimos dias, mas operadores nas mesas de renda fixa afirmam que a curva ainda tem bastante "gordura", vide a manutenção da precificação de altas da Selic em sequência ao longo do primeiro semestre de 2016.

No trecho longo, porém, refletiu a cautela dos investidores com o risco político, que ajudou a justificar a alta do dólar ante o real.

Em Brasília, os líderes dos partidos se dedicaram a anunciar seus representantes na comissão que vai analisar o pedido de impeachment. O governo, por sua vez, também se articula para que o processo seja acelerado e para garantir apoio.

Após reunião com juristas para tratar da sua defesa do impeachment, a presidente Dilma disse que sempre confiou no vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), negando a tese de que este estaria conspirando para chegar ao poder.

"Ele sempre foi extremamente correto comigo. Não tenho por que desconfiar 1 milímetro dele", disse.

"Não é essa a posição que eu sei dele e não é isso que ele tem me dito", reforçou, sobre o suposto abandono e conspiração.

A presidente cancelou a reunião de coordenação política, prevista para esta tarde. O motivo do cancelamento não foi informado, mas ela disse mais cedo que pretendia se encontrar ainda hoje com Temer.

A defesa de Dilma já está sendo preparada para ser entregue ao Congresso "o quanto antes", segundo o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.

"Nós queremos que o processo seja enfrentado rapidamente", disse. Nesse sentido, a presidente Dilma defendeu que não haja recesso parlamentar.

"Eu não só prefiro que não haja recesso, como acho que não deve haver recesso porque vivemos um momento em que não podemos nos dar o direito de parar o País até o dia 2 de fevereiro."

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffImpeachmentJurosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"