Impeachment: o DI janeiro de 2018 terminou em 12,64%, ante 12,74% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 caiu de 12,42% para 12,26% (Ueslei Marcelino/ Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2016 às 17h29.
São Paulo - Os juros futuros mantiveram-se em queda durante toda esta quarta-feira, 11, na expectativa de um desfecho favorável à saída da presidente Dilma Rousseff do governo na votação do impeachment no plenário do Senado e buscando antecipar nomes e medidas iniciais da equipe econômica do provável governo de Michel Temer.
Ao término da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 indicou 13,600% (máxima), de 13,635% no ajuste de ontem.
O DI janeiro de 2018 terminou em 12,64%, ante 12,74% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 caiu de 12,42% para 12,26%.
Dada como certa a admissibilidade do processo de impeachment no Senado, que deverá ser votada ainda hoje pelos senadores, o mercado passou a embutir nos preços a ideia de que a equipe de Temer será bem sucedida no Congresso quanto à aprovação de medidas emergenciais para a retomada da confiança dos agentes na economia, principalmente no âmbito fiscal.
Com Meirelles à frente da Fazenda, hoje a aposta na nomeação de Ilan Goldfajn, ex-diretor de Política Econômica do BC e atual economista-chefe do Itaú Unibanco, para comandar a autoridade monetária ganhou força nas mesas de operação.
É um economista que agrada muito ao mercado, tido como bastante capacitado para conduzir o processo de afrouxamento monetário de forma responsável.
Embora o mercado não considerasse provável que o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitasse a ação do governo que pedia a anulação do processo de impeachment, as taxas bateram as mínimas da sessão no começo da tarde, após o ministro Teori Zavascki rejeitar a ação, o que manteve a tramitação do processo no Senado.