Mercados

Juros futuros abrem próximos da estabilidade

A pesquisa Focus não trouxe grandes novidades, com as projeções para a inflação mantidas no mesmo patamar para 2014 (5,9%) e em leve recuo para a deste ano (5,81% para 5,8%)


	Às 9h25, o contrato de DI futuro para outubro de 2013 era negociado a 8,43%, igual ao ajuste de sexta-feira
 (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

Às 9h25, o contrato de DI futuro para outubro de 2013 era negociado a 8,43%, igual ao ajuste de sexta-feira (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2013 às 09h55.

São Paulo - Os juros futuros iniciaram esta segunda-feira, 15, próximos da estabilidade, mas pressionados pela abertura do dólar em alta no mercado à vista de balcão.

A moeda norte-americana começou o pregão em alta de 0,18%, cotado a R$ 2,2710, mas na sequência marcou a máxima de R$ 2,2730 (+0,26%), em linha com o mercado internacional.

Com isso, as taxas do DI futuro bateram também nas máximas do dia. Minutos depois, no entanto, perderam força com o retorno do dólar à estabilidade.

Às 9h25, o contrato de DI futuro para outubro de 2013 era negociado a 8,43%, igual ao ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2014 estava na máxima, a 8,79%, de 8,80% na véspera, enquanto o contrato para janeiro de 2015 subia para 9,63%, de 9,62% na sexta-feira. O contrato longo para janeiro de 2017 tinha taxa de 10,82%, de 10,83% na véspera.

A tendência para a sessão desta segunda-feira é de cautela, à espera das informações que serão conhecidas nos próximos dias e que podem mexer com a expectativa de manutenção do ritmo de alta da Selic em 0,50 ponto porcentual nas próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom).

Por enquanto, mesmo após o Copom elevar a Selic para 8,50% ao ano e do IBC-Br surpreender negativamente, analistas do mercado financeiro que respondem à pesquisa Focus do Banco Central praticamente não mexeram nas estimativas para a taxa básica de juros.

A maior mudança foi vista para a Selic ao final de 2014, que passou de 9,25% para 9,50%. Para 2013, a mediana das projeções se manteve em 9,25% ao ano.

A agenda da semana está carregada. Na quinta-feira, o Banco Central publica a ata da última reunião do Copom. O documento por trazer informações sobre o que pensa o BC a respeito dos recentes eventos na cena interna e externa, como a desaceleração da atividade brasileira ao longo do segundo trimestre.


Na sexta-feira o IBGE divulga a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de julho, que pode mostrar se a tendência de desaceleração dos preços vista até agora se confirma também para o índice oficial de inflação.

Antes, no exterior, as atenções se voltam novamente para o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, que realiza seu depoimento semianual na Câmara dos Representantes, na quarta-feira, às 11h, e no Senado, no mesmo horário do dia seguinte.

Hoje, a pesquisa Focus, do BC, não trouxe grandes novidades, com as projeções para a inflação mantidas no mesmo patamar para 2014 (5,9%) e em leve recuo para a deste ano (5,81% para 5,8%).

Já entre os profissionais que mais acertam as previsões para o médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, o IPCA de 2013 deverá ficar em 6,02%, como uma semana antes.

No caso de 2014, esse mesmo grupo manteve a projeção para a inflação de 6,30%. O PIB esperado para 2013 teve nova queda, de 2,34% para 2,31%, da semana passada para esta. Para 2014, os economistas mantiveram a projeção de expansão do PIB em 2,80%.

A leitura diária da inflação feita pela FGV continua mostrando deflação (-0,30%) na ponta e em alimentos (-0,78%), o que pode trazer certo alívio para a curva de juros.

Ao mesmo tempo, a trajetória do dólar pode continuar pressionando os contratos de DI futuro com vencimentos mais curtos. A moeda norte-americana ganha terreno na manhã de hoje ante outras divisas com a divulgação de que a economia da China, apesar de um crescimento em linha com o esperado (7,5%) terá que fazer mais para evitar uma desaceleração mais acentuada no futuro.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresJuros

Mais de Mercados

Banco do Brasil promove trocas nas lideranças de cinco empresas do conglomerado

Bolsas globais superam desempenho dos EUA nos primeiros seis meses do governo Trump

Ibovespa fecha em queda de 1,61% pressionado por tensões políticas

Dólar fecha em alta de 0,73% após Bolsonaro ser alvo de operação da PF