Bovespa: o DI para janeiro de 2015 apontava 11,44%, de 11,46% no ajuste da véspera (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 09h23.
São Paulo - Os juros futuros têm leve queda na abertura nesta quinta-feira, 6, acompanhando o movimento no câmbio e também à espera dos dados de emprego dos Estados Unidos, além de números de inflação que serão mostrados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, (IPCA) e IGP-DI, também na sexta-feira, 7.
A baixa observada nas taxas também é atribuída à atuação do Tesouro Nacional, que não fará hoje o leilão tradicional de títulos prefixados em resposta à pressão altista do mercado. O desempenho da indústria automobilística em janeiro, a ser revelado pela Anfavea às 10h30, também está no radar.
Por volta das 9h35 a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 marcava 10,585%, de 10,589% no ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2015 apontava 11,44%, de 11,46% no ajuste da véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, a taxa do DI para janeiro de 2017 estava em 12,69%, de 12,75%. O DI para janeiro de 2021 registrava 13,14%, ante 13,19%. No mesmo horários, o dólar à vista no balcão caía 0,13%, a R$ 2,3970.
No foco dos investidores está especialmente a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), com apostas divididas sobre manutenção ou corte dos juros, e os números de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, após a criação de vagas no setor privado abaixo do esperado em janeiro, divulgada ontem, e antes dos dados oficiais de emprego, o payroll, que saem amanhã.
Além da expectativa com a decisão do BCE, o euro é enfraquecido pelos sinais de pouco vigor da economia do bloco, como mostraram as vendas do varejo da zona do euro em dezembro, que caíram 1,6% ante novembro, a maior queda desde janeiro de 2002.
Destaque ainda para a escolha do vice-presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, para o posto de secretário-executivo da Fazenda - cargo ocupado desde o ano passado interinamente por Dyogo Oliveira, após a saída de Nelson Barbosa em 2013.
Pesou na escolha, segundo apurou o Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, o bom relacionamento dele com grandes empresas, investidores internacionais e o fato de ele ter cuidado do acerto financeiro para viabilizar consórcios que disputaram leilões de infraestrutura.
Outra notícia positiva para os juros foi a confirmação pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, após reunião com senadores, do adiamento da votação do projeto que muda o indexador das dívidas de Estados e municípios. Ele argumentou que qualquer projeto que possa "causar dúvidas quanto ao desempenho fiscal de Estados e municípios" não deve ser aprovado "nesse momento mais turbulento".